São Paulo, terça-feira, 23 de dezembro de 1997
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Superávit primário neste ano fica abaixo da previsão inicial

Déficit da Previdência Social prejudicou desempenho

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O secretário do Tesouro Nacional, Eduardo Guimarães, disse ontem que o governo não deve atingir, em 1997, a meta de 1,5% de superávit primário (receitas menos despesas, sem incluir os gastos com juros) do setor público em relação ao PIB (Produto Interno Bruto).
Essa meta havia sido fixada pelo governo no início do ano.
Guimarães argumentou que, apesar de o patamar de 0,5% de superávit do Tesouro provavelmente vir a ser alcançado, o resultado consolidado vai ser prejudicado pelo déficit da Previdência, que foi "pior do que se esperava". No ano, a Previdência teve um déficit de R$ 2 bilhões.
Até novembro deste ano, o Tesouro acumulou um superávit primário de 0,82% do PIB, o que correspondeu a R$ 6,449 bilhões. No período, o resultado operacional, que inclui as despesas com juros, foi de R$ 8,273 bilhões negativos.
Nos primeiros onze meses do ano, o Tesouro arrecadou R$ 99,384 bilhões e teve uma despesa de R$ 107,657 bilhões.
Guimarães afirmou que, em dezembro, o Tesouro conseguiu voltar a vender títulos com prazos de até três meses.
No mês, a secretaria já vendeu R$ 8 bilhões em títulos. O próximo leilão será hoje.
Antes da crise do mercado financeiro asiático, o Tesouro estava leiloando papéis de até dois anos.
Depois da crise, os investidores, incertos sobre a trajetória da taxa de juros, passaram a comprar títulos de dois meses.
"A tendência agora é que o mercado se regularize e os papéis voltem a ser de seis meses a um ano", disse Guimarães.

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