São Paulo, terça-feira, 23 de dezembro de 1997
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Bolsa sobe 3,88% com poucos negócios

LUIZ CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado financeiro já está em ritmo de feriado. Na Bovespa e na BM&F, o volume de negócios caiu ontem praticamente pela metade.
No caso da Bolsa de Valores de São Paulo, no final do dia o total de negócios fechados era de R$ 466,6 milhões, contra uma média diária no mês que se aproxima dos R$ 800 milhões. No caso da BM&F (Bolsa de Mercadorias e de Futuros), foram negociados ontem 27 mil contratos de dólar -na semana passada, num cálculo aproximado, a média diária foi superior a 60 mil contratos.
A principal referência do mercado brasileiro foi Nova York, que preferiu não dar muita importância para a nova rodada de queda das Bolsas asiáticas.
Lá a Bolsa de Valores abriu em alta, acabou perdendo força e voltou ao nível da abertura durante a tarde para fechar com valorização de 0,81% com relação à sexta-feira.
A Bolsa de São Paulo seguiu o mesmo movimento, como sempre registrando oscilações maiores que o mercado nova-iorquino, principalmente devido à maior concentração dos negócios em um menor número de papéis.
No fechamento, o Ibovespa registrava alta de 3,88%, depois de dois dias de queda.
As ações da Telebrás representaram 60% do total de negócios fechados no mercado à vista. As da Petrobrás representaram 14%.
Fluxo cambial
O governo tem a comemorar neste final de ano a melhora acima das expectativas do fluxo de dólar para a economia brasileira. Especialmente no caso do segmento comercial, que inclui as operações de comércio exterior (importações e exportações) mas também os investimentos estrangeiros nas Bolsas de Valores.
O resultado acumulado em dezembro no câmbio comercial indica uma entrada líquida (já descontadas as saídas) de US$ 3 bilhões, segundo o Sisbacen, sistema de informação do Banco Central.
O saldo médio diário em dezembro, também de acordo com o Sisbacen, é de US$ 206 milhões.
Nos meses de outubro e novembro, a conta de dólares registrou expressivo déficit (de quase US$ 10 bilhões), com a saída de moeda norte-americana ficando muito acima da entrada, por conta da crise de confiança que atingiu os mercados financeiros.

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