São Paulo, sábado, 27 de dezembro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
País terá 105 novas prisões
RENATA GIRALDI
A previsão é que o problema diminua com a construção de 105 novas prisões, que terão capacidade total para 18 mil presos. Segundo o presidente do conselho, Licínio Leal Barbosa, o déficit hoje é de 75 mil vagas. Barbosa afirmou que o governo "não é ingênuo" de imaginar que apenas a construção de novas casas de detenção vai evitar novos motins. Ele defende também a adoção de outras medidas: mudanças nas leis penais e a aplicação de penas alternativas. "Há necessidade de fazermos algo logo. Só os criminosos de alta periculosidade devem ser presos, os demais devem pagar seus erros com penas alternativas, com as quais a sociedade tenha ganhos", disse. "Isso vai diminuir a superlotação e contribuir para a aplicação da justiça." Novas prisões O Ministério da Justiça negocia parceria com Estados para construir 53 presídios de pequeno, médio e grande portes até o final de 1999. O governo federal entrará com 80% do dinheiro, e os Estados, com 20%. Outras 52 penitenciárias também devem ser construídas, só que com empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Serão penitenciárias federais, de grande porte. Segundo o presidente do conselho penitenciário, o eixo Rio-São Paulo é a região que mais preocupa o governo, em função da "superlotação das prisões, motins frequentes e violência aumentando". O projeto do governo é construir 21 prisões no Estado de São Paulo. No Rio, estão previstas a ampliação da penitenciária de Bangu e a construção de 10 a 12 novos presídios. Texto Anterior: Presos morreram após rendição, diz refém Próximo Texto: Nova chacina deixa 5 pessoas mortas Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |