São Paulo, sábado, 27 de dezembro de 1997
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Bolsa perde US$ 317 mi de estrangeiros

VANESSA ADACHI
DA REPORTAGEM LOCAL

Pelo terceiro mês consecutivo a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registrou saída de recursos estrangeiros em dezembro.
Em um levantamento atualizado até o dia 19 de dezembro, a Bolsa registrou saída líquida de US$ 317 milhões. O volume de compras no período foi de US$ 2,88 bilhões, enquanto as vendas totalizaram US$ 3,20 bilhões.
Com isso, o volume de capital estrangeiro investido na Bolsa acumulado no ano, que chegou a bater em US$ 1,92 bilhão em setembro, havia caído para US$ 351 milhões no dia 19.
Se dezembro realmente fechar com uma saída líquida de recursos, será o quarto mês negativo para a Bolsa em 97. Antes disso, saíram US$ 423 milhões em agosto, US$ 868 milhões em outubro e US$ 386 milhões em novembro.
Ontem, a Bovespa fechou em alta de 2,51%, em um dia de muito pouca liquidez. O volume negociado foi de R$ 224 milhões.
A única notícia do dia foi a suspensão das ações do Banespa, seguida pela divulgação de alguns números relativos aos balanços de 93 a 97 do banco.
A maior alta do índice foi Cesp PN, que teve valorização de 11,1%, seguida de Duratex PN, com 8,7%, Companhia Siderúrgica de Tubarão PNB, com 6,7%, Telepar PN, com 6,3%, e Companhia Siderúrgica Nacional ON, com 5%.
A maior baixa do Ibovespa foi registrada por Ceval PN, que recuou 2,3%, seguida por Klabin PN, que teve queda de 1,9%.
Telebrás PN, que respondeu por 30% do volume negociado, subiu 3,06%. As ordinárias da estatal de telecomunicações subiram 3,76%, enquanto Petrobrás PN teve alta de 2,93%.
Juros e câmbio
A notícia de que o FMI (Fundo Monetário Internacional) vai liberar US$ 2 bilhões no dia 30 de dezembro para a Coréia do Sul fez com que a moeda daquele país subisse 20% ontem.
A notícia repercutiu bem nos países emergentes.
No Brasil, o dólar futuro recuou na BM&F, embora o volume negociado tenha sido mínimo.
Os contratos para janeiro caíram 0,04%, fevereiro recuou 0,19% e março caiu 0,25%.
O juro também caiu. O contrato do CDI com vencimento em janeiro caiu de 2,90% para 2,77%.

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