São Paulo, sábado, 27 de dezembro de 1997
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Brasileiro deseja quebrar tabu

EDUARDO OHATA
DA REPORTAGEM LOCAL

Rodrigo Rodrigues, um dos melhores brasileiros no trampolim acrobático, é um dos poucos negros a destacar-se na modalidade.
Nunca houve um campeão mundial negro no trampolim acrobático. O esporte é mais popular no Canadá e em países europeus, que têm populações predominantemente brancas.
"Isso explica o predomínio de brancos na categoria de elite", aponta Sergio Bastos, presidente da Confederação Brasileira de Trampolim e Esportes Acrobáticos. "Mas acho que o sucesso de Rodrigues, medalha de prata no Mundial de Canadá, em 96, pode ser uma boa influência, atrair mais negros ao esporte."
O próprio Rodrigues, 18, entretanto, procura diminuir a importância da questão racial.
"Não quero me destacar por ser o primeiro campeão brasileiro ou negro da modalidade, mas por ser um grande atleta", diz Rodrigues, que iniciou a prática do esporte com 11 anos, na Escola Militar do Rio de Janeiro.
Atualmente, o atleta, que está no segundo ano do curso de educação física na Faculdade da Cidade, no Rio de Janeiro, dá aulas na Escola Militar.
Para ele, uma medalha nos Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, poderia significar a ascensão do esporte no Brasil.
"Seria parecido com o que aconteceu com o tênis no Brasil após o sucesso do Gustavo Kuerten. Agora, todos querem praticar", diz o atleta.
(EO)

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