São Paulo, quarta-feira, 31 de dezembro de 1997
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População ameaça funcionários

MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

Protestos contra a Light se espalharam pelo Rio. Às 21h de anteontem, centenas de moradores de uma favela do Recreio dos Bandeirantes (zona oeste) fecharam uma estrada, ateando fogo a objetos.
Eles se manifestaram até a madrugada de ontem contra os frequentes cortes de energia. Em vários locais, funcionários da Light têm sido recebidos com violência.
"Fazemos um apelo à população para evitar a violência. Não leva a lugar algum e nossos funcionários têm se esforçado para resolver os problemas", disse o diretor da área de geração da Light, Oscar Prieto.
No dia 22, moradores da Ilha do Governador (zona norte) impediram que um carro de manutenção da Light deixasse o local, até que fosse restabelecida a energia.
Na noite de Natal, a subestação de Belford Roxo (Baixada Fluminense), onde vários cortes ocorreram, foi atingida por balas.
"Na Baixada, um homem botou a arma na cabeça de um técnico e disse que ele só iria embora quando a energia voltasse", diz o presidente do Sindicato dos Urbanitários do Rio, Luiz Carlos Oliveira.
A Light confirma os casos e pede calma aos consumidores. A empresa apura a denúncia de que funcionários de uma firma prestadora de serviços pediram propina para fazer um conserto.
O número médio de horas em que cada consumidor ficou sem luz em 1997 foi de 12,36, até novembro -menos que a média de 14,41 entre 1991 e 1995. O cálculo não inclui dezembro.
(MM)

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