São Paulo, quarta-feira, 31 de dezembro de 1997
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Misticismo envolve corredores

RODRIGO BERTOLOTTO; JOSÉ ALAN DIAS
DA REPORTAGEM LOCAL

Para se concentrar ou evocar ajuda, os competidores da São Silvestre aderem ao misticismo.
A romena Anuta Catuna procura analisar os sonhos da véspera para prever como será sua prova.
"Se sonhar que estou caindo no vazio, tenho azar. Mas, se sonho que começo a voar, vou vencer", afirma.
As duas corredoras italianas apelam para rituais mais comuns. Rosana Munerotto, décima colocada no ano passado, faz apenas o sinal da cruz antes de começar a correr.
Já sua companheira, Silvia Sommaggio, usa como amuleto uma camiseta e um short preto e verde que lhe dão sorte.
Outros procuram no isolamento uma melhor concentração.
"Apesar de o hotel estar em uma região barulhenta, procuro me isolar na noite anterior e no dia da prova. Festa só depois da prova", afirma Patrick Ndayisenga, do Burundi, nono colocado em 1996.
A região do hotel Brasilton abriga diversas casas noturnas e de strip-tease, com muito trânsito durante a noite.
Por seu lado, o queniano Joseph Mereng, que é católico, costuma rezar antes da prova para ter sorte.
Já o bicampeão Paul Tergat afirma não ter nenhum ritual antes da corrida, mesmo procedimento de seu principal rival, o etíope Fita Bayesa.
A brasileira Viviany Anderson Oliveira, que é espírita, afirma que antes da competição ora e pede a Deus que lhe dê a colocação final que merece.
(RB e JAD)

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