São Paulo, quarta-feira, 31 de dezembro de 1997
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Saia justa; Holocausto na Coréia; Ajustes necessários; A viagem; Compra de votos; História malcontada; Trânsito infernal; Conto da Telesp; TV Xuxa; Boas-Festas

Saia justa
"Queria ver o Lula, o Brizola, o Sarney, o Itamar, o Maluf, o Magalhães, o Requião, o Quércia, sindicalistas como o Vicentinho e comentaristas como Clóvis Rossi, Carlos Heitor Cony e Fernando Rodrigues, no cobiçado cargo de presidente da República, diante do poderoso Congresso Nacional.
Sentiríamos verdadeiramente o Brasil descer ao mais profundo poço, encharcando-se de lama, sem condições de retornar à história, condenando-nos, os brasileiros, a verdadeiros animais em extinção.
Fernando Henrique é corajoso porque enfrenta toda essa gente -que pretenciosamente sabe mais que o mestre- e continua firme em dar um sentido coerente e de sobrevivência à nossa nação no contexto mundial atual."
William James Pereira Junior (Jandaia do Sul, PR)

Holocausto na Coréia
"Assistimos frequentemente diversas entidades e comunidades judaicas espalhadas pelo mundo revirando o lixo da Segunda Guerra Mundial, sob o argumento de que isso é necessário para que o Holocausto não se repita.
Curioso mundo em que vivemos, já que a cada dia que resplandece contemplamos um novo holocausto, como as milhares de crianças que estão morrendo de fome na Coréia do Norte, por razões imundas da política daquele país. Pena que lá não haja ouro dos nazistas perdido ou escondido, para que a atenção dessas entidades e comunidades volte aos nossos dias, e que elas resolvam de fato sepultar o passado e lutar pelo presente que está em baixo de sua janela."
Sandro de Castro (Curitiba, PR)

Ajustes necessários
"A crise da economia mundial demonstra que está chegando a hora de ser repensado o sistema de funcionamento dos mercados financeiros globais, que estão sujeitos a seus próprios mecanismos, sem nenhuma regulação.
O descontrole das contas públicas e os crescentes déficits nas contas externas dos países emergentes, entre os quais o Brasil, deram o sinal de largada para a crise atual.
A curto prazo, caberá às autoridades econômicas dos países emergentes latino-americanos a adotar medidas drásticas de ajustamento e controle nas áreas de política fiscal, monetária e cambial com vista a restabelecer a confiança dos investidores externos. Torna-se recomendável, no caso do Brasil e da Argentina, considerando os efeitos que os ajustes poderão provocar no Mercosul, que sejam feitos entendimentos prévios sobre a necessidade de desvalorização de suas moedas."
José Matias Pereira (Brasília, DF)

A viagem
"Absolutamente fascinante o artigo de Kenneth Maxwell, 'Encontros iniciais de um viajante', publicado na pág. 5-8 (Mais!) de 28/12. Podemos reconstituir os passos de um estudante inglês dos anos 60 em Cambridge, na Inglaterra, em Princeton, nos EUA, e no Brasil, seja em Salvador ou Rio de Janeiro. Seu estilo, conciso e descritivo, nos faz retomar toda a sua trajetória, quase vendo cada um dos detalhes aos quais ele se refere."
Luiz Geraldo Santos da Silva (Curitiba, PR)

Compra de votos
"Pena que em suas mensagens de fim de ano, os srs. Antonio Carlos Magalhães e Michel Temer, respectivamente presidentes do Senado e da Câmara Federal, não pudessem se orgulhar de ter instaurado a CPI para desvendar corruptos e corruptores pela vergonhosa venda e compra de votos a favor da emenda da reeleição. Aliás, diga-se de passagem, uma nódoa imperdoável, lavada com o 'homo' da politicalha de compadres."
Francisco Bessa da Silva (Belo Horizonte, MG)

História malcontada
"Repudio a versão que reza que o sr. Paulo Maluf tenha contribuído de qualquer forma para o fim do período militar, que literalmente assolou este país com as violências e arbitrariedades cometidas a partir de 1964, e que ainda sentimos os seus trágicos efeitos.
Como imenso beneficiário do alto oficialato de então, Maluf jamais, em qualquer de suas ações, tramou outra coisa que não fosse a sobrevida do regime de exceção. A eleição indireta para governador em que se envolveu foi precedida pela liberação dos votos por parte do alto comando da Arena e foi decidida no guichê.
No episódio que envolveu Mário Andreazza, o esforço do sr. Maluf foi convencer o já combalido João Figueiredo que sua candidatura era a única chance de o governo fazer seu sucessor, em função do mesmo guichê. O povo se recorda do dinheiro depositado na conta do bravo deputado Mario Juruna (PDT fluminense e índio xavante), que denunciou a tentativa de compra de voto.
As ambições do sr. Paulo Maluf eram ditatoriais, em franca oposição ao texto publicado na página 277 dos fascículos da história do Brasil de responsabilidade dessa Folha. Esse texto ameaça o esforço de recuperação da memória nacional representado pelos fascículos e torna imprópria a sua utilização como material pedagógico voltado para nossos jovens."
Leandro Carlos Esteves (São Paulo, SP)

Trânsito infernal
"Infelizmente estamos nos acostumando a ver as principais ruas e avenidas da cidade de São Paulo parando nos dias normais de trabalho e escola. Não se trafega mais! Precisamos de uma nova cidade para viver. Essa nova cidade só virá quando a capital do Estado mudar para seu 'centro geográfico'."
Oswaldo Chiquetto (São Paulo, SP)

Conto da Telesp
"Em 1996 a Telesp promoveu grande venda de linhas telefônicas por meio do plano de expansão. Junto com a venda da linha, como praxe, foram negociadas ações do capital da empresa, o que justificou o alto valor das referidas linhas, na época R$ 1.117,63, correspondente ao pagamento à vista.
Após um ano transcorrido da transação, iniciou-se para os pobres tolos que acreditaram nas promessas da Telesp e ousaram pagar o valor total integralizado, verdadeiro périplo para conseguir a restituição das ações.
Com a liberação do pagamento das mesmas, por intermédio dos bancos conveniados, novo engodo: o valor das cotas disponíveis foram diminuídas ao critério do emitente em mais uma atitude arrogante e com certeza ilegal, pois fere os direitos dos acionistas."
Julio Cezar Kling (São Paulo, SP)

TV Xuxa
"O jornal 'O Globo' deveria se chamar 'A Xuxa', enquanto a TV Globo deveria se chamar TV Xuxa. É demais a participação dessa artista, todos os dias, sempre e ininterruptamente, tanto no jornal quanto na televisão."
Fernando Egypto (Petrópolis, RJ)

Boas-Festas
A Folha retribui as mensagens de boas-festas que recebeu de: André Franco Montoro, deputado federal pelo PSDB-SP (Brasília, DF); Leandro Sampaio, prefeito de Petrópolis; José Aparecido de Oliveira (Belo Horizonte, MG); Getúlio Corrêa, presidente da Associação dos Magistrados das Justiças Militares Estaduais (Florianópolis, SC); Mário Albanese, presidente da Adesf -Associação de Defesa da Saúde do Fumante (São Paulo, SP); Vera Mindlin Bobrow, presidente e Horácio Leifert, secretário-geral da Fisesp -Federação Israelita do Estado de São Paulo (São Paulo, SP); Alvaro Vaz da Silva, diretor-presidente do Instituto Aerus de Seguridade Social (Rio de Janeiro, RJ); Departamento Oficial de Turismo Francês (São Paulo, SP); Vadam Internacional Brasil (Barueri, SP); Prêmio Editorial Ltda. (São Paulo, SP); TVA; Editora Scipione; EMI Music.

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