São Paulo, sábado, 1 de fevereiro de 1997
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Negócios causaram prejuízo de R$ 8,3 mi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Quatro modalidades diferentes de operações com títulos geraram prejuízo de R$ 8,396 milhões à Prefeitura de São Paulo entre 1º de dezembro de 94 e 13 de fevereiro de 96, segundo relatório do Banco Central obtido pela Folha. O período em que foram feitas as compras e vendas de papéis municipais mostra que todas as transações foram autorizadas por escrito pelo então secretário de Finanças e hoje prefeito, Celso Pitta.
A partir de 94, o Banespa, responsável por negociar os títulos municipais com o resto do mercado, decidiu que caberia à Secretaria de Finanças determinar a quantidade de títulos a serem vendidos, juros, prazos e instituições compradoras.
Foram justamente essas condições nas negociações que fizeram o BC apontar indícios de fraude nas operações com os títulos municipais, ou "paulistinhas".
Ontem, em nota oficial da Prefeitura de São Paulo (leia íntegra à pág. 1-7), Celso Pitta repudiou o relatório do Banco Central. Disse que o documento está "eivado de erros e ilações absurdas" no que se refere às operações com títulos.
Segundo o relatório do BC, a prefeitura paulistana teve prejuízos de R$ 1,761 milhão, R$ 2,222 milhões, R$ 3,458 milhões e R$ 955 mil na sequência das quatro operações que constam no relatório. Somadas, as operações causaram um "buraco" de R$ 8,396 milhões, ainda segundo o BC.
Em seu relatório, o BC condena a "preferência pela colocação de papéis de forma articulada com as distribuidoras de pequeno porte". Isso, segundo o documento, teria "provocado custo adicional ao erário municipal". Entenda a seguir como foram montadas as operações que geraram perdas aos cofres de São Paulo durante a gestão de Pitta como secretário.

LEIA MAIS sobre os títulos da Prefeitura de SP à pág. 1-7

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