São Paulo, sábado, 1 de fevereiro de 1997
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Febre pode ressurgir na cidade

DANIELA FALCÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O aumento no número de municípios com focos do mosquito Aedes aegypti traz outro risco, além da ameaça de epidemia de dengue hemorrágica, que é a reurbanização da febre amarela.
Há 54 anos não é registrado nenhum caso de febre amarela em centros urbanos.
O risco de reurbanização da doença existe porque muitos pacientes que contraem febre amarela na região amazônica -onde há endemia da doença- costumam procurar tratamento em cidades grandes.
Se o portador da febre amarela que vai se tratar fora da Amazônia for picado pelo mosquito durante sua estada na cidade, o mosquito se infecta e há risco de mais gente ser contaminada.
Como nos últimos 12 meses cresceu muito o número de municípios com focos do Aedes aegypti na região fronteiriça à Amazônia -como no Estado do Tocantins, por exemplo- as chances de reurbanização da febre amarela aumentaram.
Caso ocorra algum caso da doença fora da região amazônica, o Brasil tem de notificar a Organização Mundial da Saúde, que pode tomar medidas drásticas, como fechar portos e aeroportos.
Em 95, o país havia conseguido reduzir os casos de febre amarela silvestre (na região amazônica) para apenas quatro. Mas a endemia voltou a ganhar força em 1996. Até setembro, já haviam sido registrados 14 casos de febre amarela silvestre.
(DF)

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