São Paulo, sábado, 1 de fevereiro de 1997 |
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EMTU é melhor que metrô, diz pesquisa
ANDRÉ LOZANO
Esse é um dos resultados da última pesquisa da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos)-Gallup, divulgada ontem. O trabalho, que se refere ao segundo semestre de 1996, ouviu cerca de 3.000 pessoas em 38 municípios da região metropolitana. A EMTU passou de 78 pontos -em uma escala que vai de -100 a +100-, na avaliação feita em junho de 96, para 91, na última pesquisa, de novembro de 96. Já o metrô caiu de 88 pontos para 83, na avaliação (veja quadro). "Apesar da queda na avaliação, os serviços do metrô ainda estão no nível de excelência", disse o diretor de Operações do Metrô, Paulo Celso Moreira da Silva. Segundo ele, a desaprovação da população pode estar relacionada aos problemas de superlotação em horários de pico na linha leste-oeste. "Vamos fazer melhorias nessa linha", disse Silva. A Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos pretende operar na zona leste com trens metropolitanos expressos, desafogando a linha leste-oeste. O Estado está negociando a compra de 30 trens espanhóis para integrar a linha leste da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Motivos O presidente da EMTU, Márcio Junqueira de Souza e Silva, associa o crescimento da aprovação dos usuários do sistema à implantação dos corredores de ônibus no trecho Diadema-Brooklin. "Os passageiros viajam em ônibus com condições de transporte semelhantes às do metrô, sem grandes interrupções, boa velocidade e com regularidade", disse. Também melhorou as imagens dos ônibus intermunicipais -de 16 para 22 pontos-, na avaliação da população, e da CPTM/Fepasa -de 15 para 27 pontos. O transporte de ônibus na cidade de São Paulo continua considerado ruim pelos usuários -permaneceu nos 20 pontos em 1996. "É preciso investir na segregação do transporte. Os ônibus municipais têm de compartilhar a rua com os carros e com todos os problemas do trânsito, ao contrário do metrô e dos ônibus de corredores", afirmou o presidente da SPTrans, Francisco Christovam. Segundo ele, dos 3.000 km do sistema viário de São Paulo, apenas 120 km são de faixas exclusivas. "É necessário integrar os transportes em São Paulo", disse o presidente da ANTP, Rogério Belda. Texto Anterior: Depave quer mais 18 áreas Próximo Texto: Zona leste terá expresso Índice |
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