São Paulo, domingo, 2 de fevereiro de 1997
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Igreja e ONGs atuam no país

DANIELA FALCÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No Brasil, a maioria das testemunhas que precisa de proteção hoje tem de recorrer à igreja, juízes, promotores ou ONGs (Organizações Não-Governamentais).
Foi o que ocorreu com Wagner Santos, testemunha da chacina da Candelária e que vive na Suíça graças à Anistia Internacional.
A Comissão Pastoral da Terra, ligada à Igreja Católica, se especializou em ocultar trabalhadores que testemunharam assassinatos de sem-terra e sindicalistas no Pará.
Em Recife, há o único programa de proteção oficial do país, financiado pelo governo de Pernambuco e gerenciado por uma ONG, o Gajop (Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares).
Desde janeiro de 1996, já foram beneficiadas 52 testemunhas. A maioria (57%) presenciou crimes por quadrilhas de traficantes de droga. Outros 35% iriam depor contra policiais civis ou militares.
O programa recebe R$ 120 mil por ano do governo estadual. Além de mudar de cidade, as testemunhas protegidas pelo Gajop recebem cestas básicas e ajuda financeira. A família das testemunhas também são protegidas.
(DF)

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