São Paulo, segunda-feira, 3 de fevereiro de 1997 |
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Empresas de porcelana param de produzir
LUCIANA SCHNEIDER
Restaram somente 48 empresas nacionais nesse setor (micro, pequenas e grandes). Entre elas está a Oxford, empresa catarinense que, no final do ano passado, teve de diminuir a sua produção de 5 milhões de peças de porcelana para 1 milhão e demitir 200 dos 1.300 funcionários. Segundo o diretor-presidente, Otair Becker, a concorrência com a China é desleal e predatória. Ele alega não ter medo dela, mas acha que o governo tem de dar um tratamento equitativo para produtos importados e nacionais. "Como é que eu vou concorrer com essa política suicida e com essa estúpida âncora cambial? O governo deve fazer urgentemente as reformas necessárias", afirma. Impostos As empresas Cerâmica Santa Izabel e Porcelana Sagrado Coração de Jesus, do grupo Santa Izabel, situadas em Pedreira (SP), foram duas das cem empresas que fecharam suas portas. Silvio Broglio, diretor administrativo e financeiro do grupo, diz que as empresas que exportavam seu produtos faliram, devido à defasagem do dólar e aos juros altos. "Somente no ano passado, quando houve uma recuperação do dólar, é que melhorou um pouco a situação das outras empresas do grupo (cinco)." Até 1995, o prejuízo da Santa Izabel era de US$ 500 mil por ano. Em 1996, o grupo decidiu investir em qualidade, em novos nichos de mercado e no aumento da produção. Como consequência, registrou lucro de US$ 180 mil. Texto Anterior: O McDonald's e a paz mundial Próximo Texto: Dono de fábrica deve R$ 35 mil em impostos Índice |
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