São Paulo, segunda-feira, 3 de fevereiro de 1997 |
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Arquiteto criou móveis e casas
ADRIANE GRAU
À noite, ele tinha aulas de arte e logo foi descoberto pela dupla Honeyman & Keple, que o contratou como projetista em 1889. Dois anos depois ele já era sócio na firma de arquitetura. Durante os vinte anos em que Mackintosh manteve a sociedade com Honeyman e Keple, ele criou os móveis que o tornaram famoso. Na época, Glasgow passava pela onda de modernidade garantida pela industrialização. Foi por causa do aumento do poder econômico da população que ele conquistou sua melhor cliente, Catherine Cranston, para quem criou quatro salões de chá e uma casa ao longo de 21 anos. Assim como Frank Loyd Weber, ele mobiliou os prédios que construiu. Só para a residência Miss Cranston, foram mais de 40 peças. Nunca ficou clara a influência da esposa Margaret Macdonald em sua obra. Mas eles criavam em conjunto, sendo ela a desenhista dos painéis de gesso com figuras humanas. Pobreza O ponto alto de sua carreira foi o prédio da Escola de Arte de Glasgow, que ficou pronto em 1909, mas na época foi considerado de estética ultrapassada graças ao renascimento do classicismo. A nova estética o impediu de achar trabalho. Em 1914 ele e a esposa se mudaram para a vila pescadora de Walberswick, no mar do Norte. Bebendo muito e se dedicando a pintar aquarelas de plantas e natureza, ele acabou enxotado da vila em 1915, quando foi acusado de espionagem por causa de seus desenhos. Em Londres, Mackintosh encontrou seu último patrono. O industrial W.J. Basset-Lowke lhe comissionou a reforma da casa onde moraria. O cliente era cego para cores e só podia enxergar o amarelo, cor usada pelo arquiteto. Empobrecidos e se dedicando somente a pintura, os Mackintoshes passaram os últimos anos de suas vidas no sul da França. Ele voltou a Londres pouco antes de morrer de câncer em 10 de dezembro de 1928. (AG) Texto Anterior: NY recebe exposição de Mackintosh Próximo Texto: Catálogo está disponível em SP Índice |
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