São Paulo, terça-feira, 4 de fevereiro de 1997
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Entenda o caso dos títulos do governo Suruagy

DA AGÊNCIA FOLHA

A discussão em Alagoas começou quando o governo estadual recebeu autorização ao BC (Banco Central) para emitir R$ 301,6 milhões em Letras do Tesouro Estadual, em dezembro de 95.
Para conseguir a autorização, o governo usou uma portaria supostamente assinada pelo ex-governador Fernando Collor de Mello.
O governo apresentou apenas uma cópia do documento. Mesmo assim, o BC autorizou a emissão das letras. Os títulos só poderiam ser lançados no mercado caso o Estado tivesse publicado no "Diário Oficial" portaria relacionando as dívidas judiciais (precatórios) até meados de 89.
Em 96, o Estado usou o dinheiro liberado para vários fins. Pagou empreiteiras e funcionalismo, por exemplo, contrariando a Constituição que restringe o benefício a pagamento dos precatórios.
Em novembro daquele ano, Assembléia Legislativa abriu a CPI para investigar o uso dos títulos. Collor negou ter assinado a portaria que permitiu a operação com o BC. Suruagy admite então que a portaria não existe e que usou o dinheiro para outros fins -mas que contou isso no "Diário Oficial".

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