São Paulo, terça-feira, 4 de fevereiro de 1997
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Malária aumenta 200% em Manaus

ANDRÉ MUGGIATI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

O Instituto de Medicina Tropical de Manaus registrou, em janeiro, 1.031 casos de malária em Manaus. O número corresponde a um aumento de mais de 200% em relação aos 339 casos registrados pelo instituto em janeiro de 96.
Segundo Alecrim, o IMTM registra cerca de 50% do total de casos de Manaus. Os outros casos são atendidos nos postos da FNS (Fundação Nacional de Saúde).
Para Alecrim, o aumento do número de casos de malária deve-se ao desmatamento na periferia de Manaus e à descontinuidade no controle do mosquito Anófeles, transmissor da doença.
A FNS -responsável pelo combate ao mosquito- possui apenas uma máquina para borrifar o veneno que mata o Anófeles. Segundo o coordenador da FNS, Horácio Augusto Almeida, a fundação não tem recursos para comprar mais equipamentos.
Segundo Almeida, a fundação recebeu uma verba de R$ 2 milhões em dezembro, mas continua com uma dívida de R$ 3 milhões.
A única máquina existente foi reformada a partir de cinco outras que estavam quebradas.
Além do Anófeles, outro mosquito também apavora a população de Manaus.
Já foram encontrados na cidade pelo menos 18 focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e febre amarela.
O mosquito pode fazer ressurgir a febre amarela urbana, que está extinta do país. A febre amarela existe entre os macacos da Amazônia, aos quais é transmitida pelo mosquito Haemagogus.
Quando algum Haemagogus morde um homem, este adquire a febre amarela silvestre. A febre amarela urbana, mais grave, ocorre quando um mosquito Aedes aegypti transmite a doença de um ser humano para outro.
Para evitar a doença, a FNS promoveu campanhas de vacinação contra a febre amarela.

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