São Paulo, terça-feira, 4 de fevereiro de 1997![]() |
![]() |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Brasil pode ter o pneu ecológico Plano é do grupo Degussa ANTONIO CARLOS SEIDL
Para tanto, o grupo alemão, com um investimento inicial estimado entre US$ 80 milhões e US$ 100 milhões, planeja instalar no país uma fábrica para fornecer à indústria de pneus a matéria-prima para a produção do pneu ecológico. Isso foi o que revelou anteontem, em São Paulo, Heribert Offermanns, membro da diretoria executiva mundial da Degussa e responsável pelas atividades do grupo alemão no Brasil. O anúncio oficial deve ser feito até o final do ano. A nova geração de pneus, que está sendo lançada atualmente na Europa, Ásia e Estados Unidos, é o resultado da invenção de um sistema para misturar dois produtos químicos usados na fabricação da borracha: sílica e organosilano. A invenção, que consumiu US$ 50 milhões em pesquisas, possibilitou o desenvolvimento do "green tyre" -pneu verde ou ecológico, como está sendo chamado nos mercados europeu e norte-americano, porque economiza combustível e dura mais. Segundo projeção da Degussa, o novo pneu deve abocanhar cerca de 30% do mercado nos próximos cinco anos em todo o mundo, um sintoma da procura cada vez maior por produtos "amigos do meio ambiente". Esse tipo de pneu oferece menor resistência ao rolamento, reduz em 5% o consumo de combustível e tem maior aderência em pistas escorregadias. Meta viável Em entrevista realizada anteontem em São Paulo, encerrando visita de dois dias ao país, Offermanns disse que o investimento previsto para o setor de borracha é um dos elementos que vão ajudar o grupo alemão a alcançar a meta de um volume anual de vendas no Brasil de US$ 500 milhões até 2000. O grupo Degussa, que atua nos segmentos de metais preciosos, químico e farmacêutico (é dono da Asta Médica) no Brasil desde 1953, obteve um faturamento de US$ 351 milhões no exercício 1995/1996. Em dois anos cresceu 50%. O faturamento mundial da Degussa atinge US$ 9 bilhões. A "menina dos olhos" do grupo Degussa é sua primeira fábrica de peróxido de hidrogênio no Brasil, em fase final de construção em Aracruz, perto de Vitória (ES). O peróxido de hidrogênio (água oxigenada) é uma importante matéria-prima para a indústria de papel e celulose. Substitui o cloro, produto altamente poluente, no branqueamento de papel. Segundo o presidente da Degussa no Brasil, Werner Ross, esse investimento é crucial na estratégia da empresa no país. "Após uma fase de consolidação das atividades na área de metais e farmacêutica, a nossa meta agora é buscar novas oportunidades de crescimento no setor químico." Texto Anterior: Supermercado fatura mais em janeiro Próximo Texto: Duratex vai investir mais US$ 15 mi no país Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |