São Paulo, terça-feira, 4 de fevereiro de 1997
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Netanyahu quer visita do papa a Jerusalém

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O papa João Paulo 2º se reuniu ontem com o premiê de Israel, Binyamin "Bibi" Netanyahu. Foi o primeiro encontro do dirigente israelense com o papa.
Netanyahu convidou o líder da Igreja Católica para visitar Jerusalém. O último papa a ir à cidade foi Paulo 6º, em 1964.
"Nós esperamos recebê-lo em Jerusalém", disse o premiê ao sair do encontro a portas fechadas que durou 20 minutos. "Deus abençoe Israel", respondeu João Paulo 2º.
O convite já havia sido feito pelo primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin em 1994.
No ano passado, o papa aceitou um convite do líder palestino, Iasser Arafat, para visitar Belém na virada do milênio.
Um comunicado do Vaticano informou que João Paulo 2º disse a Netanyahu esperar que a região seja um local onde "judeus, cristãos, muçulmanos, israelenses e árabes possam criar e consolidar uma paz efetiva em respeito ao direito e dignidade de todos".
Diplomacia
O Vaticano e Israel ataram relações diplomáticas em 1994, terminando com quase 2.000 anos de hostilidade entre cristãos e judeus.
Desde então, os dois têm trabalhado juntos para chegar a acordos sobre o status legal da Igreja Católica e sua hierarquia clerical no Estado judeu.
O comunicado do Vaticano disse que Netanyahu prometeu ao papa "continuar seguindo o mesmo caminho" de seu predecessor no sentido de conseguir um acordo sobre o status legal da Igreja Católica em seu país.
O Vaticano não informou se a questão do status de Jerusalém foi discutida. A cidade foi declarada pelos israelenses como sua capital "unida e eterna" em 1980.
João Paulo 2º quer garantias de que declarem Jerusalém sagrada para cristãos, muçulmanos e judeus. Arafat vê Jerusalém Oriental como a capital de um futuro Estado palestino.

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