São Paulo, terça-feira, 4 de fevereiro de 1997
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Palestino admite tortura

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O ministro da Justiça palestino, Freih Abu Meddein, confirmou ontem que a polícia palestina de Nablus (Cisjordânia) torturou até a morte um preso durante interrogatório.
O palestino Iousef Ismail al Baba, 32, suspeito de haver participado de uma venda de terras a israelenses, morreu na semana passada. Ele havia sido preso no início de dezembro, e, desde então, mantido incomunicável.
O procurador fiscal da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Jaled al Quidra, anunciou ontem que o caso será investigado.
Os familiares de al Baba não queriam que a autópsia de seu corpo fosse realizada em um hospital de Nablus. Eles preferiam que o cadáver fosse analisado em um hospital de Israel, para garantir a independência dos laudos médicos.
Testemunhas que viram o corpo disseram que ele portava claros sinais de espancamento e queimaduras por cigarros.
Vários membros da Câmara Legislativa do Conselho Autônomo Palestino exigiram ontem uma investigação independente sobre a morte do comerciante palestino.
Segundo membros palestinos de grupos de direitos humanos, no ano passado, foram registradas dez mortes decorrentes de tortura entre os presos de cárceres da ANP na Cisjordânia e na faixa de Gaza.

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