São Paulo, quarta-feira, 5 de fevereiro de 1997
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Fêmea produz 200 mil ovos a cada 7 dias

DO ENVIADO ESPECIAL

O camarão fêmea tem uma glândula de um dos olhos retirada para ampliar seu potencial de desova no processo de reprodução nos tanques de criação em cativeiro.
"Com isso, a fêmea alcança um índice maior de desova em um curto espaço de tempo", diz a bióloga Maria Teresa Assis Ribeiro de Castro, que trabalha nos laboratórios de procriação do grupo MPE S/A, em Valença (BA).
O setor de acasalamento do laboratório funciona sem iluminação durante o dia para aumentar a acopla dos animais.
Isso porque os camarões só se acasalam ao anoitecer.
Cada fêmea coloca em média 200 mil ovos de sete em sete dias. A primeira fase após a eclosão dos ovos é conhecida como "nauplius".
As larvas ficam se desenvolvendo em torno de 20 dias dentro dos laboratórios antes de ir para os tanques especiais das fazendas.
Nesses tanques, conhecidos como berçários, os animais vão se adaptar ao tipo de água, temperatura e começam a receber uma ração especial feita à base de farinha de peixe e cereais.
Somente depois de 15 dias, eles irão para os viveiros de engorda, onde permanecerão entre 90 e 105 dias antes da despesca, segundo o engenheiro de pesca Jorkean Torres, gerente de operações da fazenda Bahia.
Para retirar os camarões dos viveiros, na chamada despesca, os tanques são esvaziados.
O camarão recebe um banho de água clorada e, em seguida, é colocado em recipientes com água e gelo, o que provoca a morte do animal.

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