São Paulo, quarta-feira, 5 de fevereiro de 1997
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Asa Branca alça vôo no country business

DA REPORTAGEM LOCAL

O sucesso do rodeio brasileiro transformou o peão Waldemar Ruy dos Santos, 34, o popular Asa Branca, em megaempresário do show country.
Asa Branca está mudando para São Paulo, lançando 500 mil cópias de um CD de música country, outro disco onde interpreta música sertaneja e ainda está criando sua própria companhia de eventos.
"Em 85, quando eu chegava de chapéu nos restaurantes de São Paulo, as pessoas me chamavam de Jeca Tatu. Hoje sou respeitado", diz.
Ele é um dos principais locutores de rodeio do país. Deu melodia à frase mais conhecida nas festas de rodeio, a tradicional "seguuuuura peão", criada por Orestes Avila, precursor da locução de rodeios no Brasil.
Filho de um casal de fazendeiros de São José do Rio Preto (SP), Asa Branca teve seu primeiro contato com o mundo country tirando leite de vaca aos 10 anos.
"Nessa época montava em bezerros", diz.
Aos 22 anos, partiu para as montarias. Para sobreviver, mantinha carrinhos de cachorro-quente nas feiras agropecuárias e ainda trabalhava de servente de pedreiro.
"Os prêmios, naquela época, eram arreio, sela, par de botas e chapéu", lembra.
Em 84, em uma festa de rodeio em Buritama (SP), ele teve que improvisar uma locução por causa da desistência do locutor oficial da festa.
Não parou mais. Incorporou o estilo esportivo dos locutores de rádio, juntamente com versos que falam da terra, de cavalo e de mulher.
Hoje cobra R$ 20 mil pela locução. A apresentação de sua companhia, que inclui som, luz, montagem de arquibancada e tropeiros, sai por R$ 150 mil.
Asa Branca, apelido que ganhou de amigos na infância por causa da mania de prender pombas, deve realizar este ano pelo menos 25 apresentações pelo interior.

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