São Paulo, quarta-feira, 5 de fevereiro de 1997
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Cartão vai facilitar doação nos EUA

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

A Receita Federal dos EUA vai enviar a 70 milhões de contribuintes um cartão pelo qual quem quiser pode autorizar a utilização de órgãos de seu corpo após a morte.
A medida tem o objetivo de aumentar o número de doadores de órgãos para transplante no país.
Há uma crise nacional de falta de fígados e corações, com dezenas de milhares de pacientes em filas de espera. O governo Clinton tem considerado a possibilidade de intervir no processo de transplantes para impedir favorecimentos.
Uma comissão bipartidária no Congresso americano, presidida por Bill Frist, um senador que se beneficiou de transplante de coração e pulmões, resolveu viabilizar uma série de medidas para aumentar o número de doadores.
Entre as medidas, está a ação da Receita Federal, sugerida pelo senador Byron Dorgan.
Os contribuintes vão receber o cartão junto com os formulários para a declaração de imposto de renda deste ano e poderão devolvê-lo quando a completarem.
Junto com a distribuição, uma campanha publicitária de utilidade pública será divulgada pelas emissoras de TV do país, com a participação, entre outros, do astro do basquete Michael Jordan.
A legislação norte-americana exige a autorização por escrito de uma pessoa ou a aprovação formal de seus familiares para que seus órgãos possam ser utilizados em transplantes. Coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado e intestinos podem ser transplantados.
Além desses órgãos, também podem ser transplantados olhos, pele, ossos, válvulas cardíacas, tendões e veias. O corpo de uma pessoa pode ajudar até 50 outras em transplantes.
(CELS)

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