São Paulo, quarta-feira, 5 de fevereiro de 1997
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Governo pode criar cota para EUA

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

País pode criar cota para EUA
O governo brasileiro deverá criar uma cota tarifária para beneficiar a importação de caminhões dos EUA, desde que a quantia definida seja considerada razoável e outros países sejam também favorecidos.
"Não seria possível, de início, contemplar uma cota em quantidade não-razoável", afirmou o ministro José Alfredo Graça Lima, diretor do Departamento Econômico do Itamaraty. "Se houver limite razoável, vamos estudar."
A cota deve ser negociada entre os dias 17 e 21, na consulta sobre o regime automotivo brasileiro pedida pelos EUA à OMC (Organização Mundial do Comércio).
A cota tarifária permitiria, em princípio, o acesso ao mercado brasileiro dos caminhões fabricados pelas montadoras norte-americanas Navistar e Caesa -que não estão instaladas no Brasil- com taxa de importação reduzida.
Em outubro de 96, os EUA iniciaram consulta sobre o regime automotivo a pretexto de conseguir o mesmo pleito -queriam o acesso de 12 mil caminhões durante um ano. O Brasil não aceitou.
A negociação está amarrada. Como em outubro, se os EUA pedirem um "panel" (comitê de arbitragem da OMC), o Brasil acaba com a atual cota tarifária.
Frango
O governo deve tomar a ofensiva e pedir consulta sobre as barreiras impostas pela União Européia às importações de carne de aves brasileiras neste mês. Segundo Graça Lima, não se trata de barganha.

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