São Paulo, quinta-feira, 6 de fevereiro de 1997
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Presidente critica Motta devido a comentários sobre Jaime Lerner

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, disse ontem que o presidente Fernando Henrique Cardoso não está de acordo com o ministro Sérgio Motta (Comunicações), que disse querer "destruir" o governador do Paraná, Jaime Lerner (PDT).
"De qualquer forma, o presidente não acredita que o ministro vá destruí-lo ", disse Amaral.
Segundo o porta-voz, FHC só tomou conhecimento da frase ontem, por seu intermédio, e não tinha conversado com Motta ou com Lerner sobre o tema.
Lerner disse ontem, em Guaíra (a 640 km de Curitiba), que as declarações foram uma "ameaça ao povo do Paraná".
"Como cidadão só tenho a lamentar as declarações do ministro das Comunicações. Gostaria de acreditar que ele não tivesse dito tais palavras porque são incompatíveis com a magnitude do cargo de ministro do presidente Fernando Henrique Cardoso", afirmou Lerner em nota oficial posterior.
O presidente do PT, José Dirceu, pediu ontem a demissão do ministro Sérgio Motta (Comunicações) por causa das "ameaças".
Motta também foi criticado por Fernando Ribas Carli, único deputado do PDT do Paraná e causador da ira de Motta contra Lerner por não votar a favor da reeleição.
"O ministro deveria entender que um governo, por mais que seja charmoso e cheio de intelectuais e banqueiros da avenida Paulista, não tem unanimidade. Mas isso é pedir demais para quem intelectualmente se compara a um trator", afirmou.
As frases de Motta foram testemunhadas pela reportagem da Folha, que depois procurou o ministro em busca de esclarecimentos. "Não estou falando", disse.

LEIA EDITORIAL sobre as declarações de Motta à pág. 1-2

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