São Paulo, quinta-feira, 6 de fevereiro de 1997
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CPMF deve durar pouco tempo, diz FHC

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem que o governo terá que achar, durante este ano, fontes de recursos estáveis para a Saúde. Segundo ele, a CPMF não terá "durabilidade".
FHC disse que a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) "custa caro" ao governo por causa das "críticas constantes". O imposto, que começou a vigorar em janeiro, terá duração de 13 meses.
O presidente defendeu a pressão junto ao Congresso para aprovar o projeto de lei que prevê que as seguradoras terão que ressarcir a rede pública de saúde quando seus conveniados forem atendidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
FHC disse querer a reconstituição do sistema público de saúde e afirmou que não é justo que o "peso" de quem tem recursos para pagar um plano de saúde "recaia" sobre o SUS.
FHC afirmou que o governo se esforça, segundo ele, para acabar com o clientelismo na área social.
"O meio mais eficaz para quebrar o sistema de clientela é fazer que os conselhos da sociedade participem do controle da destinação de recursos."
O presidente fez as afirmações durante reunião do Conselho Nacional de Saúde. FHC disse que foi ao ministério para demonstrar seu compromisso de que 97 será o ano da saúde.
Na ocasião, ele voltou a defender a aprovação das reformas pelo Congresso. "Esperamos que, até 1999, contando de 93, tenha havido um crescimento real de 25% (da economia). Mas isso depende da nossa capacidade de convencer o país de que algumas reformas se impõem, como a da Administração e a da Previdência."
Para FHC, a Previdência não vai se equilibrar a enquanto houver aposentadorias privilegiadas aos 40 e 50 anos.

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