São Paulo, quinta-feira, 6 de fevereiro de 1997 |
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Pelourinho resgata antigas marchinhas
LUIZ FRANCISCO
Os ritmos da axé music e as coreografias inspiradas no rebolado da dançarina Carla Perez (É o Tchan) serão substituídas pelos pierrôs, colombinas e antigas marchinhas, mais tradicionais. "A idéia é reviver os anos dourados do Carnaval", disse o prefeito da cidade Antonio Imbassahy (PFL), 48, que organiza o primeiro Carnaval de sua gestão. A abertura do "Carnaval da Saudade" no Pelourinho aconteceu na semana passada, com as apresentações das cantoras Emilinha Borba e Marlene. As duas intérpretes faziam muito sucesso durante as décadas de 50 e 60. "Pelourinho Dia e Noite" Antes mesmo de os organizadores tomarem a decisão de realizar um Carnaval da nostalgia no centro histórico de Salvador, a secretaria da Cultura criou o projeto "Pelourinho Dia e Noite" para animar os turistas e baianos que lotam os bares, ruas e restaurantes do local durante todo o verão. Em locais específicos, os cantores, maestros e bandas que se apresentam no projeto interpretam músicas dos anos 60. "Na semana passada, quando estive visitando o Pelourinho, senti muitas saudades da minha infância e juventude", disse a aposentada carioca Maria de Fátima Rebouças, 64. A partir de hoje -abertura oficial do Carnaval da capital baiana- as ruas centenárias do Pelourinho estarão enfeitadas com máscaras, colombinas e serpentinas. "Bandas de músicas vão reviver durante toda a festa as marchinhas que marcaram a história do Carnaval em todo o Brasil", disse a coordenadora da folia na capital baiana, Eliana Dumet. Até a próxima terça-feira estão previstos diversos bailes no Largo do Pelourinho. As festas serão animadas por orquestras. Mesmo revivendo os antigos carnavais, duas das principais atrações da folia tradicional de Salvador -o Olodum e os Filhos de Gandhy- vão iniciar seus desfiles no centro histórico de Salvador. Tombado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) como patrimônio da humanidade, o Pelourinho tem cerca de 3.000 imóveis dos séculos 17 e 18. Nos últimos cinco anos o governo estadual investiu mais de R$ 60 milhões na recuperação, restauração e reconstrução de quase 700 casarões. Texto Anterior: Ladrão tenta roubar policiais disfarçados Próximo Texto: Carnaval da Bahia começa hoje à noite Índice |
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