São Paulo, quinta-feira, 6 de fevereiro de 1997 |
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Siscomex provoca estimativas divergentes
DENISE CHRISPIM MARIN
A falta de convergência nas previsões foi em boa parte provocada pela implantação do segmento de importação do Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior), em 1º de janeiro. Mesmo depois de normalizado o registro das DIs (Declarações de Importação), a partir do último dia 10, técnicos do Ministério da Fazenda ainda tinham dúvidas sobre a eficiência do mecanismo de avaliação dos números contabilizados pelo Siscomex-importação. Naquele momento, a expectativa do governo de déficit comercial de US$ 1 bilhão já havia caído para cerca de US$ 600 milhões. Pesaram nessa conta o fato de que boa parte das importações tinha sido antecipada em dezembro e os atrasos nos registros das DIs. Na última semana, dados obtidos pela Folha apontavam que a tendência era de leve superávit na balança comercial. O próprio secretário de Comércio Exterior, Maurício Cortes, confirmou essa estimativa. No dia seguinte, outras informações sobre o movimento das importações e exportações projetavam déficit de US$ 100 milhões. Erro corrigido No Ministério da Fazenda, entretanto, as contas não bateram. A previsão que se manteve foi a de déficit de US$ 500 milhões a US$ 600 milhões em janeiro. A razão está no fato de que, no seu cálculo, a Fazenda não deixou de contabilizar a média mensal de compras externas da Petrobrás -o número que o Siscomex "esqueceu" de registrar. Houve outros problemas durante o mês, além do petróleo. No último dia 27, o mecanismo de crítica do Siscomex não detectou um volume exagerado de importação de carvão mineral -de US$ 900 milhões. Fiscais da Receita Federal checaram o dado e descobriram que o importador havia multiplicado o valor real, de US$ 900 mil, por mil vezes. Pelo menos esse erro foi corrigido e não alterou o resultado final da balança comercial de janeiro. (DCM) Texto Anterior: Governo 'esquece' compra de petróleo Próximo Texto: Leia a íntegra da nota Índice |
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