São Paulo, quinta-feira, 6 de fevereiro de 1997
Próximo Texto | Índice

Pirataria chega às locadoras

ERIKA SALLUM
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Quem perdeu o megassucesso "Twister" no cinema já teve a oportunidade de encontrar o filme em vídeo em diversas locadoras do Brasil desde dezembro passado.
O problema é que a fita só foi lançada oficialmente neste mês pela CIC Vídeo, perdendo o impacto de sua estréia em vídeo por causa da invasão de fitas piratas que vem tomando de assalto as prateleiras de locadoras.
Para evitar que situações como essa se repitam, a União Brasileira de Vídeo (UBV) regionalizou, recentemente, suas equipes de fiscalização, que passaram a não se concentrar apenas em São Paulo, mas em diversas capitais.
Segundo a UBV, a pirataria domina de 30% a 35% do mercado de vídeo nacional e movimenta cerca de US$ 100 milhões todos os anos.
A taxa é considerada alta quando comparada à dos EUA, que têm índice de 10% a 15%, pirataria tida como "tolerável" pela Motion Pictures Association (MPA).
A MPA é uma associação de oito grandes estúdios americanos que, entre outras funções, combate a pirataria em vários lugares -inclusive no Brasil, onde injeta mais de US$ 1 milhão por ano (o maior orçamento da América Latina) para acabar com esse comércio ilegal.
A batalha não é fácil quando se leva em conta a principal razão para o sucesso dos vídeos piratas: seu preço. Enquanto uma fita original é alugada por R$ 3,50 em média, a ilegal pode ser vista por R$ 1.
Mas, se o interior do Brasil é região propícia para essa atividade, São Paulo ainda conserva o título de maior mercado pirata nacional.

LEIA MAIS sobre fitas de vídeo piratas à pág. 4-3

Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.