São Paulo, quinta-feira, 6 de fevereiro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Paulo Francis será velado hoje em NY

CLÁUDIA TREVISAN
DE NOVA YORK

O velório do jornalista Paulo Francis, morto anteontem em Nova York, será hoje das 11h às 14h na casa funerária Krtil, que fica na Primeira Avenida, em Manhattan (Nova York), entre as ruas 69 e 70.
Foi impossível realizar o velório ontem. Não havia horário disponível na casa funerária.
O corpo será transportado ao Brasil no vôo da Varig que sai de Nova York às 21h45.
Francis será enterrado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. Até ontem, o horário da cerimônia não havia sido definido.
Televisão
A possibilidade de viver com o vírus da Aids foi o tema da última entrevista que Paulo Francis fez para o programa "Milênio", que vai ao ar na TV paga GloboNews aos domingos.
Na semana passada, Francis foi a Washington entrevistar Andrew Sullivan, ex-editor da revista "The New Republic" e portador do vírus HIV.
Sullivan faz tratamento com o coquetel de drogas que reduz a presença do vírus no organismo e abre perspectivas para os soropositivos.
"Francis ficou muito tocado com a entrevista", disse à Folha o jornalista Edney Silvestre, que se revezava com Francis nas entrevistas para o "Milênio".
O programa ainda não foi ao ar. Silvestre disse que o material foi enviado ao Brasil anteontem, mas não soube dizer se haveria tempo de editá-lo até domingo.
A próxima entrevista de Francis seria com o diretor Elia Kazan. Segundo Silvestre, Francis estava entusiasmado com a entrevista, especialmente pelo fato de ter assistido à estréia de "Um Bonde Chamado Desejo" na Broadway, em 1947.
Na montagem da peça de Tennessee Williams estavam Marlon Brando e Jessica Tandy.
Silvestre almoçou com Francis um dia antes de sua morte, no restaurante japonês Suibi. Segundo ele, o jornalista aparentava estar muito bem.
"Milênio"
Nos últimos anos, Francis ampliou sua participação em programas de TV. O mais recente deles era "Milênio", iniciado em 96.
Há quatro anos, ele fazia o "Manhattan Connection", da GNT, com os jornalistas Lucas Mendes, Caio Blinder e o produtor musical Nelson Motta.
No dia da morte de Francis, Mendes disse que dificilmente o "Manhattan Connection" teria continuidade.
Blinder lembrou que Francis levava o programa extremamente a sério. Ele acredita que, nos quatro anos em que trabalharam juntos, o jornalista deixou de ir a apenas três ou quatro programas.

Texto Anterior: Byrds mostram porque são copiados
Próximo Texto: Banda 'homônima' presta homenagem
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.