São Paulo, sexta-feira, 7 de fevereiro de 1997 |
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Entidade propõe restrições às doações
RICARDO AMORIM
A proposta foi apresentada pelo representante da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Jocélio Drummond, que foi o relator do projeto no conselho. A recomendação, aprovada em reunião da CUT, prevê que, nas doações entre vivos, os pacientes sejam parentes ou haja uma decisão judicial autorizando o procedimento cirúrgico. Segundo Drummond, o veto presidencial que retirou as restrições do texto da lei tornou mais fácil a doação entre vivos, facilitando o comércio ilegal de órgãos. "Somente a Justiça tem como descobrir se houve irregularidades por meio da quebra do sigilo bancário ou investigação de patrimônio, por exemplo ", disse. Gestor nacional O conselho vai recomendar também a inclusão na lei de outro ponto vetado pelo presidente: a criação de um gestor nacional que centralize as informações dos Estados sobre doadores e receptores. Além dessas, o conselho aprovou mais três sugestões que serão encaminhadas à comissão que elabora a regulamentação da lei. Foi recomendado que, ao tirar sua identificação, o cidadão deve ser informado sobre a lei e que seja feita explicitamente a pergunta se ele deseja ser doador e, em caso contrário, o fato deve constar do documento a ser expedido. O controle dos bancos de órgãos, a ser realizado pelas entidades representantes de doentes crônicos ou outros setores da sociedade, também foi aprovado entre as sugestões do conselho. O último item incluído nas recomendações visa reforçar o conceito da fila única de receptores, em nível estadual, estabelecido o critério da antiguidade como prioritário para o transplante. Apesar das recomendações, o conselho emitiu opinião favorável à nova legislação. Texto Anterior: Ilha de Marajó registra maior incidência de malária no PA Próximo Texto: Enfim, a 'doação automática' Índice |
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