São Paulo, sexta-feira, 7 de fevereiro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Vendas de produtos de verão caem 20%

CLÁUDIA PIRES
DA REPORTAGEM LOCAL

Fabricantes e revendedores de produtos de verão esperam recuperar, a partir deste mês, a queda nas vendas registrada durante o mês de janeiro.
Esses produtos, como maiôs, biquínis e sorvetes, tiveram redução nas vendas de até 20% durante o mês passado devido ao aumento das chuvas.
O setor mais afetado foi o de sorvetes. A marca Yopa, por exemplo, teve queda de 20% nas vendas em relação ao mesmo período de 96.
Durante o período, a empresa até dispensou a estocagem de produtos no frigorífico Ar Frio, em Santos. Segundo o diretor, o calor dos primeiros dias de fevereiro já aponta aumento no consumo. "Já estamos em recuperação."
A marca Kibon, da Philip Morris, também registrou queda nas vendas em janeiro. Segundo fontes do mercado, essa queda deve estar situada entre 12% e 20%.
A indústria de sorvetes concentra 60% de sua produção anual -150 milhões de litros- entre os meses de outubro e março.
Outros produtos
As vendas de biquínis e maiôs também foram menores do que o esperado durante janeiro.
Nas lojas da Track & Field as vendas ficaram 10% abaixo das projeções. "Na verdade, esperávamos crescer 10% em relação ao mesmo período de 96. Acabamos tendo o mesmo desempenho", afirma Frederico Wagner, proprietário.
Wagner também atribui a queda nas vendas ao aumento das chuvas. A Track & Field tem oito lojas, sendo seis delas em São Paulo.
As cinco lojas da Ligia & Nanny, que vendem maiôs e biquínis, também tiveram queda nas vendas em janeiro. Segundo Marianne Fry, uma das proprietárias, a maior queda foi registrada na loja do Guarujá, onde chegou a 20%.
Os bronzeadores e protetores solares escaparam dessa queda nas vendas. Segundo João Carlos Basílio da Silva, presidente da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), as vendas estiveram dentro das previsões.
"Esses produtos tiveram tributação reduzida em dezembro e estão custando menos. Além disso, os consumidores já estão acostumados a usar protetores durante o ano todo e não apenas no verão."
Outros produtos de perfumaria e higiene pessoal tiveram queda nas vendas de 5% em relação a janeiro de 96. "Mas as causas foram outras, como a queda na aceitação de cheques pré-datados", diz Silva.

Texto Anterior: Relatório do BC vê um 97 'cor-de-rosa'
Próximo Texto: Bovespa recua e movimenta R$ 456 mi
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.