São Paulo, sexta-feira, 7 de fevereiro de 1997 |
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Carnaval da Varanda pede carne da boa
JOSIMAR MELO
Essa nova churrascaria também pode brindar o folião com outro estimulante muito popular no Carnaval: a cachaça. No caso, a ótima cachaça da região de Salinas, em Minas Gerais. Churrasco ali é coisa séria. Tanto que rodízio, nem pensar. Grelhas elétricas e quejandos, tampouco. A carne é preparada peça por peça, de acordo com o pedido criterioso do cliente, e seu preparo se dá sobre a brasa do carvão. A cachaça pode acompanhar, no início da refeição, uma porção de costelinhas de porco saborosas, sequinhas. Uma salada trivial, preparada pelo garçom, pode abrir a refeição. Carnes suculentas são a peça de resistência. E doces caseiros, à moda brasileira, podem encerrá-la mansamente. Essa orquestração é regida pelo proprietário Sylvio Lazzarini, um especialista em pecuária, e que até então tratava o boi principalmente como agrobusiness. Ao menos como profissional. Pois na fazenda seu deleite sempre foi churrasquear. Lazzarini conseguiu um lugar simples, mas simpático, deu-lhe um ar discreto de fazenda, construiu sua churrasqueira e foi à luta. Incluiu no cardápio carnes "lights" (cortes de picanha e baby beef sem a gordura) e, em luta contra o colesterol (um pecuarista, quem diria...), cometeu o exagero de só preparar legumes em óleos de canola ou girassol. Neste início de carreira, algumas armadilhas andaram pegando Lazzarini. Ao pedir sua carne malpassada, um cliente a recebeu gelada. Outro, dias depois, recebeu um bife de chorizo mais duro que o esperado, como se descongelado às pressas (ou de má procedência, apesar de essa hipótese ser a menos provável: a grife do proprietário é garantia na escolha das carnes, adquiridas de vários fornecedores). Mas a atenção na grelha parece ser apenas uma questão de tempo. Texto Anterior: Promoções regam festa com bons goles Próximo Texto: CD-ROM reúne panela e computador Índice |
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