São Paulo, sábado, 8 de fevereiro de 1997
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Paulinho mantém presidência de sindicato

CLAUDIA GONÇALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, foi eleito ontem pela primeira vez para a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, cargo que já ocupava desde 94.
O sindicalista havia passado da vice-presidência para a presidência da entidade em 15 de abril de 1994, após Luiz Antonio de Medeiros ter se afastado do comando dos metalúrgicos para se candidatar ao governo do Estado de São Paulo.
Como a chapa de Paulinho foi a única inscrita para disputar a eleição deste ano, o sindicalista só poderia perder para os votos nulos ou brancos.
"Ser eleito com chapa única não é demérito. Trabalhamos muito pela eleição", disse Paulinho.
A eleição ocorreu entre segunda e quinta-feira desta semana. Durante os quatro dias da votação, 117 urnas percorreram 5.000 empresas da cidade de São Paulo.
Os metalúrgicos votantes somaram 63.977. Destes, 1.617 anularam seus votos e 2.516 votaram em branco, o que resultou em 59.844 votos para a Chapa 1.
Segundo Paulinho, o número total de metalúrgicos com direito a voto é de 85 mil trabalhadores.
Caso o sindicalista não conseguisse obter o quórum exigido para ser eleito -50% dos votos mais um-, outra eleição teria que ser convocada até maio próximo.
Apesar da ausência de adversários no pleito, os correligionários da Chapa 1 gritaram e festejaram muito após a divulgação do resultado, que ocorreu ontem à tarde no Palácio do Trabalhador, sede da Força Sindical.
Mas a comemoração da vitória foi adiada devido à morte, dia 5 passado, do ex-presidente do sindicato, Joaquim dos Santos Andrade, o Joaquinzão. A festa ocorrerá em data a ser definida.
Paulinho reafirmou ontem suas promessas de campanha, que são a redução da jornada de trabalho (hoje em 44 horas semanais), a diminuição do número de contribuições sindicais e a reciclagem de trabalhadores.
Representação
O diretor afastado do sindicato João de Souza Neto, o João da Ford, e dois ex-vice-presidentes da entidade, Lúcio Bellantani e Antônio Flores, entraram anteontem com uma representação na Procuradoria Geral da República para anular a eleição. Eles alegam, entre outras coisas, que o dinheiro usado para financiar a campanha veio dos cofres do sindicato.

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