São Paulo, segunda-feira, 10 de fevereiro de 1997![]() |
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País quer Mercosul forte para negociar Alca
CLÓVIS ROSSI; LUCIA MARTINS
FHC diz que está mantido o compromisso de constituir a Alca até o ano 2005, contraído na Cúpula das Américas, em Miami, pouco antes de sua posse. "O ritmo das negociações e das aberturas é que tem que ser negociado", ressalva o presidente. O governo dos EUA quer começar o mais depressa possível a redução de tarifas de importação entre os 34 países da Alca, ao passo que o Brasil prefere deixar a derrubada de barreiras para o fim do processo negociador. Prefere também fortalecer os vínculos com o que FHC chama de "os nossos parceiros do presente, que são os do Mercosul" (Argentina, Paraguai e Uruguai). Por fim, o governo brasileiro quer consolidar laços com países sul-americanos, como forma de tornar o Mercosul mais forte para negociar com os EUA sobre a Alca. Nessa tarefa, FHC conversou ontem com a chanceler colombiana, Maria Emma Mejía, sobre a possibilidade de o Brasil importar carvão, produzir ferro no Nordeste e exportá-lo para a Colômbia. FHC acha que propostas concretas como essa tornam mais "firme" o relacionamento Brasil/Colômbia, que, sem ele, "fica mais político do que econômico". Com o presidente peruano, Alberto Fujimori, FHC também debateu vínculos concretos, desta vez nas áreas de rodovias e ferrovias, "para uma integração efetiva", conforme Fujimori relatou depois aos jornalistas. FHC, por sua vez, afirma que o estabelecimento de relações mais diretas entre o Mercosul e países como Colômbia, Peru e também Venezuela, "facilita a negociação da integração hemisférica". Fujimori também parece achar: disse à Folha que a posição brasileira "parece acertada e, como um dos países líderes da América Latina, espero que o presidente Cardoso seja bem sucedido". (CLÓVIS ROSSI e LUCIA MARTINS) Texto Anterior: FHC diz que Brasil 'precipitou' abertura Próximo Texto: Declarações são resposta aos EUA Índice |
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