São Paulo, quinta-feira, 13 de fevereiro de 1997 |
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Fala de FHC em Roma impulsiona Bolsa
MILTON GAMEZ
Em São Paulo, a Bovespa, maior Bolsa do país, fechou em alta de 4,25%, a maior do ano. O Ibovespa, índice das 49 ações mais negociadas, fechou em 86.706 pontos, acumulando alta de 8,86% no mês e 23,16% no ano. O volume foi forte: R$ 386,8 milhões. No Rio de Janeiro, a Bolsa subiu 3,88% (I-Senn), com movimento financeiro de R$ 26,1 milhões. Operadores de bancos e corretoras disseram que o clima favorável no mercado acionário foi reforçado pelas declarações do presidente Fernando Henrique Cardoso, na terça-feira, durante visita à Itália. FHC disse que não haverá alterações na política cambial do país. Além de impulsionar as Bolsas -que não gostam de mudanças bruscas de regras-, a fala do presidente forçou a baixa do dólar. A moeda norte-americana negociada no mercado futuro da BM&F (Bolsa de Mercadorias e de Futuros) caiu 0,11%, para R$ 1,088 por dólar, nos contratos com vencimento em julho, os mais negociados. No mercado de dólar comercial (usado nas exportações e importações), o Banco Central teve de intervir à tarde, comprando moeda para segurar as cotações -que fecharam em R$ 1,047 na compra e a R$ 1,0477 na venda. Também marcaram a euforia do mercado financeiro as reafirmações, durante o feriado, de que o processo de privatização será ampliado no setor de telecomunicações, o mais visado pelos investidores em ações brasileiras. O Brasil, pressionado por norte-americanos e europeus, apresentou na segunda-feira passada, na OMC (Organização Mundial de Comércio), proposta de liberalização mais rápida do mercado de telefonia convencional e fax. Até então, falava-se em avanços a curto prazo somente na telefonia celular. A alta das Bolsas nos Estados Unidos, nos primeiros dias da semana, foi outro fator lembrado pelos operadores ontem para justificar a festa. Um dado curioso: nenhuma ação que compõe o Ibovespa caiu. Das 49, 47 subiram e duas ficaram estáveis. Telebrás PN subiu 4,5%, para R$ 97,50 por lote de mil. LEIA MAIS sobre FHC, câmbio e Bolsas às págs. 2-4, 2-6 e 2-8 Próximo Texto: Loira em alta; Esvaziando a garrafa; Perdendo no câmbio; Em construção; Área ampliada; Tecendo resultados; No páreo; Contra o tempo; Novo serviço; Acordo no seguro; Passando o lápis; Presença latina; Fim ao papel; Com energia; Globalização hospitalar; Olho clínico Índice |
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