São Paulo, sexta-feira, 14 de fevereiro de 1997
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Lamia; Supérfluos; Álcool combustível; Os verdadeiros encarcerados; Da buchada à codorna; Causa e efeito; Leitura agradável; Vácuo

DA BUCHADA À CODORNA

Lamia
"É lamentável e inaceitável a publicidade inoportuna e negativa que alguns meios de comunicação vêm dando ao caso Lamia.
É repugnante assistir a mídia querer transformar essa moça, uma ex-terrorista(?), em heroína, uma verdadeira Joana D'Arc dos tempos modernos.
Só espero que em sua chegada ao Brasil não a recebam com cortejo em carro aberto desfilando pela cidade, e muito menos lhe dêem medalhas de ouro pelo grande 'tento' atingido..."
David Zylbergeld Neto (São Paulo, SP)
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"Quero congratular-me com a companheira Lamia Maruf, por sua luta por uma pátria livre, sem dominadores.
A luta foi pela pátria palestina, ocupada pelos israelenses.
O que fazer? Guerra é guerra. Há vítimas dos dois lados."
Célio Alves Pereira (Guarulhos, SP)
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"Fiquei perplexo ao ler na Folha de 12/2 que o vereador Mohamed Said Mourad quer conceder a 'dona Lamia' o título de cidadã paulistana.
Além de 'aprontar o que aprontou' no Oriente Médio, onde foi (injustamente?) condenada à prisão perpétua, o que mais ela fez pela cidade de São Paulo?"
Aroldo Geraldo Silva Júnior (Mirandópolis, SP)
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"É de se esperar que um país onde a corrupção impera receba de braços abertos e como heroína uma assassina!
O povo deste país deveria envergonhar-se por aceitar Lamia Maruf de volta, pois esta, com o passaporte brasileiro, manchou nossa imagem em Israel.
Os soldados israelenses, na época, estavam proibidos de pedir carona a carros com placa dos territórios ocupados por palestinos. Sendo assim, se Lamia estivesse usando passaporte palestino, não teria alugado nenhum carro, e por sua vez o soldado não teria pedido carona!"
Silvana Cardoso (São Paulo, SP)

Supérfluos
"Parabéns ao ex-ministro Mailson pelo seu artigo nesta Folha de 17/1, 'Supérfluos'.
Ao abordar o texto da jornalista Célia de Gouvêa Franco, também desta Folha, Mailson disseca, do ponto de vista do comércio exterior, o tratamento autoritário e superado que o governo dá ao conceito de produto 'supérfluo' nessas transações.
Adicionaria ao comentário que essa é uma prática antiga das autoridades em Brasília, que insistem na pretensão de induzir hábitos nos brasileiros.
Não querem que brasileiro tome banho ou jogue bola. Tratam, por exemplo, produtos de toucador e bola de futebol como supérfluos para efeito de tributação.
Resquícios de um regime autoritário."
Antoninho Marmo Trevisan, da Trevisan Auditores e Consultores (São Paulo, SP)

Álcool combustível
"Cumprimentamos a Folha pela publicação, em 10/2, do oportuno artigo de Volker Kirchhoff, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de São José dos Campos, sobre o aumento da poluição.
Esperamos que a sociedade civil, as ONGs e os cientistas, que estarão reunidos em março na 'Rio+5', possam alertar o governo brasileiro sobre as vantagens (sociais, econômicas e ambientais) da produção e uso do álcool combustível."
Luiz Gonzaga Bertelli, diretor do Departamento de Infra-Estrutura Industrial (Deinfra) da Fiesp -Federação das Indústrias do Estado (São Paulo, SP)
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"Sobre o artigo 'Muito mais poluição à vista' (10/2), de Volker Kirchhoff: a manutenção do Proálcool significa subsídios e favores aos usineiros, em especial aos menos eficientes, à custa do dinheiro público.
Mantenha-se a adição de 22% de álcool à gasolina (que é lei) e ampare-se corretamente o produtor rural, tanto de cana como de outros produtos agrícolas, essenciais à alimentação popular, sem Proálcool, já que não existem o Profeijão, Promilho, Protrigo, Projiló etc., etc."
Mario Raul Zanella (Florianópolis, SC)

Os verdadeiros encarcerados
"Nada mais justo que a campanha da fraternidade deste ano, promovida pela falida Igreja Católica.
Porém esquecem que os verdadeiros encarcerados somos nós, presos em nossas casas, enquanto o pior da escória passeia por aí, sob os auspícios de uma política de segurança ineficaz e incompetente."
Julio Cesar Lopes Camerini (São Paulo, SP)

"Assim são os políticos brasileiros. Enquanto em campanha eleitoral, saboreiam, à vista do eleitorado, 'buchada de bode' no Nordeste.
Quando no governo, comem 'codorna recheada à FHC', preparada por 'chef' francês, em um 'palácio europeu', restaurado pela ninharia de R$ 370 mil, enquanto a 'voz rouca das ruas' está ficando cada vez mais muda de fome."
Deusdedit Corrêa (Lorena, SP)

Causa e efeito
"Sobre a morte de Mário Henrique Simonsen: na década da substituição da indústria brasileira pelas importações, quando já perdemos a esperança de um dia desenvolver tecnologia própria, quando nossas empresas quebram e nossos produtores agrícolas entregam suas terras aos bancos ou as vendem ao governo, quando em vez de possibilitar o pagamento de um salário mínimo de US$ 300 a nossos trabalhadores alimentamos um ganho três ou quatro vezes maior de trabalhadores asiáticos, quando deixamos nossas crianças ao desamparo entregando-as nas mãos da delinquência e da prostituição, nesta hora devemos lembrar-nos do porquê chegamos ao lugar onde estamos..." Luís Hector San Juan (São Paulo, SP)

Leitura agradável
"Tenho imensa satisfação em ser leitor da Folha. Com certeza, uma leitura agradável, promissora e produtiva.
Num país carente de uma boa educação e conhecimento, ciência e tecnologia, temos que agradecer a oportunidade de termos aqui, na Paraíba, um jornal como a Folha."
Adjailson Cantalice dos Santos (João Pessoa, PB)

Vácuo
"Até mesmo pessoas sem nenhuma cultura, e vivendo na periferia, estão dizendo sobre a televisão aberta: 'Não tem nada que preste'."
Darcy Rosa dos Reis (Poços de Caldas, MG)

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