São Paulo, terça-feira, 18 de fevereiro de 1997 |
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Jobim pede juiz exclusivo para o massacre
ABNOR GONDIM
A reivindicação foi apresentada ao ministro durante visita a Curionópolis, onde tramita o processo movido contra 155 PMs que participaram do choque com os sem-terra, em Eldorado do Carajás (leste do Pará). Com a visita a Curionópolis, Jobim iniciou peregrinação pelos Estados do Pará, Rio Grande do Sul e São Paulo para pedir providências das autoridades estaduais para combater a violência no campo. A designação de um juiz exclusivo para o caso foi defendida pelo promotor de Curionópolis, Marco Aurélio Lima de Nascimento, que está responsável pela elaboração da denúncia contra os PMs. "Com um juiz e um promotor específicos para o processo, eu acredito que o julgamento dos envolvidos poderá acontecer em dois anos", disse Nascimento. Atualmente, o promotor e o juiz de Curionópolis, Laércio Laredo, são obrigados a acompanhar mais 400 processos nas áreas cível e criminal. Denúncia coletiva Segundo Nascimento, o procurador-geral do Estado, Manoel Santino, já se comprometeu a designar um ou dois promotores para o caso tão logo o Tribunal de Justiça aceite a sugestão que será levada pelo ministro. Até março, o promotor vai apresentar "denúncia coletiva" contra os PMs à Justiça por abuso de autoridade e homicídio doloso (intencional). Para ele, é difícil no momento individualizar os crimes. Ele espera obter isso ao longo do processo. Auditoria Militar As lesões praticadas pelos PMs contra 68 militantes do movimento dos sem-terra serão apurados em outro processo pela Auditoria Militar. O promotor disse que os ônibus que conduziram os policiais militares ao local da chacina foi pago pela CVRD (Companhia Vale do Rio Doce), que tem convênio com a instituição. Texto Anterior: Outros grupos deixam Minas e Mato Grosso Próximo Texto: Marcha do MST tem apoio logístico da Igreja Católica Índice |
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