São Paulo, terça-feira, 18 de fevereiro de 1997
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Definição de juro traz polêmica

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CUT (Central Única dos Trabalhadores), que tem representação no Conselho Curador do FGTS, quer reverter a decisão da Caixa Econômica Federal e do Ministério do Planejamento sobre a mudança dos juros para os financiamentos da casa própria.
Há cerca de duas semanas o governo decidiu reduzir as taxas cobradas nos financiamentos para a baixa renda de 3% a 9% ao ano para uma variação entre 3% e 7%. A taxa vai depender da renda mensal da família, e há apenas seis faixas fixas.
Por exemplo, um mutuário com renda de R$ 560 vai pagar juros de 3,5% ao ano no financiamento. Em outro contrato, com renda mensal de R$ 562, a taxa sobe para 4,3%.
No antigo sistema para definição da taxa de juros, havia uma curva que variava de acordo com a alteração de cada real a mais da renda do trabalhador. Assim, as taxas de juros variavam menos de acordo com o salário.
O governo autorizou também a cobrança de um diferencial de até 2% para os bancos administrarem os contratos habitacionais.
O assessor da CUT no conselho curador, André Luiz de Souza, disse que com essas duas mudanças o custo do financiamento do mutuário pode ficar mais caro.
A intenção da central de trabalhadores é voltar ao método antigo. Se isso não for acertado hoje, a CUT vai tentar discutir o assunto no conselho curador do FGTS, no dia 25.
O conselho curador do FGTS tem representantes de trabalhadores, de empresários da construção e do próprio governo.

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