São Paulo, terça-feira, 18 de fevereiro de 1997
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Inflação recua para 0,68% em São Paulo, afirma Fipe

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Após a esperada aceleração da taxa em janeiro, a inflação começa a cair rapidamente neste mês.
Na primeira quadrissemana, ou seja, nos últimos 30 dias terminados em 7 de fevereiro, a taxa recuou para 0,68% em São Paulo.
Em todo o mês de janeiro a taxa de inflação havia atingido 1,23%, segundo dados da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
A queda da taxa deve continuar. A previsão de Heron do Carmo, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fipe, é de uma taxa entre 0,10% e 0,20% em fevereiro.
O economista da Fipe acredita que até junho a tendência da taxa deve ser de queda e de estabilidade. O alinhamento de preços de aluguel, serviços e tarifas -itens que subiram muito após o real- já ocorreu e os aumentos desses setores devem ficar próximos aos da inflação média.
A partir do mês de junho, no entanto, o controle da inflação no patamar baixo do primeiro semestre vai depender de um bom manejo da política econômica do governo, acredita o coordenador do IPC da Fipe.
Baixa geral
Em fevereiro, todos os grupos pesquisados pela Fipe tiveram taxa menor. A maior pressão de queda ficou para os alimentos, que subiram 1,01%, contra 1,51% em janeiro.
Entre os alimentos, os semi-elaborados registraram a principal queda na quadrissemana (-0,34%), devido ao recuo de preços das carnes suína e de frango.
A pressão dos "in natura", que tradicionalmente sobem em janeiro, também já é menor. A pesquisa da Fipe mostrou reajuste de 4,43% nos últimos 30 dias, contra 7,14% em janeiro.
Vários itens devem registrar queda na taxa nas próximas semanas, segundo Heron do Carmo. Uma das principais será no setor de transportes, devido ao fim do peso dos combustíveis.
Reajustados na segunda quinzena de dezembro, os combustíveis zeram sua participam no índice da Fipe nesta quinzena.
Os preços no grupo de despesas pessoais também devem cair.
A demanda por bebidas será menor após o Carnaval e os preços vão recuar, segundo Heron.
A Fipe prevê queda ainda nas participações dos setores de vestuário e de educação.
A liquidação de roupa está mais acentuada neste ano, enquanto o peso das matrículas escolares será decrescente neste mês.
As despesas com matrículas e mensalidades, que chegaram a subir 11,34% no fechamento do mês de janeiro, tiveram a alta reduzida para 8,39% na primeira quadrissemana de fevereiro.
Material escolar está em queda, mas os preços de livro didático estão subindo. A alta atingiu 6,30% na primeira quadrissemana de fevereiro.
A evolução dos preços do vestuário indica queda de 3,13% no início deste mês, com -3,77% em roupa de mulher e -3,61% na de homem.

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