São Paulo, terça-feira, 18 de fevereiro de 1997
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Fundos estrangeiros recebem US$ 950 milhões em janeiro

Volume de dólares aplicado nas Bolsas chega a US$ 31,7 bi

MILTON GAMEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Em janeiro deste ano, os investidores estrangeiros deixaram nas Bolsas de Valores do país US$ 949,7 milhões a mais do que retiraram, divulgou ontem a CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
O dinheiro refere-se ao saldo das entradas e saídas dos fundos tipo "anexo quatro", porta de ingresso dos dólares nas Bolsas.
As remessas para esses fundos somaram US$ 2,7 bilhões e as retiradas, US$ 1,76 bilhão. No total, o patrimônio líquido dos 475 fundos estrangeiros registrados pela CVM encerrou o mês passado em US$ 31,7 bilhões, dos quais US$ 29,3 bilhões (92,6%) estavam aplicados em ações. O restante estava distribuído em debêntures (4,85%), moeda de privatização (2,11%) e outros títulos (0,46%).
O saldo dos investimentos externos totais nas Bolsas em janeiro representou 26,5% do total contabilizado em todo o ano passado, US$ 3,6 bilhões.
A maior parte dos US$ 949,7 milhões que entraram em janeiro foram parar na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), a maior do gênero no país.
A Bovespa contabilizou o ingresso líquido (fora as retiradas) de R$ 682 milhões em janeiro. E as remessas continuam fortes: na primeira semana de fevereiro, o saldo foi positivo em R$ 209 milhões. Segundo a Bolsa, até o dia 7 os estrangeiros enviaram R$ 932,7 milhões e repatriaram R$ 723,7 milhões.
Ranking
No ranking dos dez maiores gestores de fundos estrangeiros, o Citibank ocupa o primeiro lugar, com patrimônio líquido de US$ 7,83 bilhões. Em seguida, aparecem o Banco Chase Manhattan, com US$ 5,01 bilhões, e o Banco de Boston, com US$ 4,77 bilhões. Em quarto lugar, vem o Banco Bozano, Simonsen, com US$ 1,95 bilhão, seguido do Garantia, com US$ 1,54 bilhão.
Os dez maiores administradores respondem por cerca de 80% do dinheiro enviado para o país para a compra de ações. Os dólares estão jorrando devido às perspectivas de continuidade do Plano Real e do governo FHC.

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