São Paulo, quarta-feira, 19 de fevereiro de 1997 |
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Motorista mata 'marronzinho' com 3 tiros
RODRIGO VERGARA
Silva disse que deu três tiros no "marronzinho' -como são chamados os fiscais da Companhia de Engenharia de Tráfego- porque teria sido ofendido pelo fiscal. "Ele me desacatou de um jeito que é impossível não reagir", disse. O crime aconteceu às 6h50, no semáforo da esquina das avenidas Morumbi e Francisco Morato, no Butantã (zona oeste de São Paulo). Acelerador enroscado Silva disse à polícia que estava indo para casa de manhã, após deixar o serviço, quando o acelerador de seu carro "enroscou". Por isso, ele parou o carro na pista da esquerda, em cima da faixa de pedestres. Em seguida, tirou o cinto de segurança para mexer no pedal do acelerador. Ainda segundo Silva, naquele momento ele foi abordado pelo marronzinho, que comunicou que iria multá-lo por desrespeito à faixa de pedestres. Os dois iniciaram uma discussão, e o marronzinho teria dito que aplicaria também uma segunda multa, por Silva estar dirigindo sem o cinto de segurança. Segundo declarações de testemunhas à polícia, Silva sacou um revólver para ameaçar o marronzinho. Quando o fiscal começou a se afastar, ele atirou. Freitas foi morto com três tiros, um na cabeça e dois na coluna. Todos disparados pelas costas. As multas que seriam aplicadas somam R$ 250,75. Prisão A polícia descobriu o endereço de Silva pela placa do carro, anotada no bloco de multas do marronzinho morto. Os policiais chegaram à casa, no Jardim Klein, Santo Amaro, (zona sul), às 7h30. O próprio motorista atendeu ao portão, disse que iria buscar os documentos dentro de casa e desapareceu. Os policiais chamaram reforços, que chegaram a dar buscas na casa, sem sucesso. Silva só foi preso às 16h, por policiais civis que interrogavam sua mulher, Marilucia, sobre seu paradeiro. Um dos policiais foi ao banheiro e viu que havia uma passagem para a laje, sob o telhado. O motorista estava lá. A delegada Martha Rocha de Castro, do 34º DP (Morumbi), prendeu Silva em flagrante e deu uma busca pela casa. Nenhuma arma foi encontrada. Silva disse aos policiais que jogou o revólver, calibre 32, em um matagal na marginal Pinheiros, na altura da usina de Traição. Também ali nada foi encontrado. LEIA MAIS sobre o crime no trânsito na pág. 3-3 Texto Anterior: Carta critica direção da CET Próximo Texto: Woody Allen é ou não um Humbert Humbert? Índice |
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