São Paulo, quarta-feira, 19 de fevereiro de 1997
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NetBox vai à Web pela TV

RICARDO ANDERÁOS
DO ENVIADO ESPECIAL A CANNES

Ao contrário do aparelho norte-americano WebTV, que só possibilita conexão à Internet por intermédio de seu próprio provedor de acesso, a NetBox permite que o usuário utilize qualquer provedor.
Essa pode ser uma vantagem decisiva na conquista do mercado internacional. No momento, a WebTV só pode ser comercializada dentro dos EUA, único país no qual a empresa oferece acesso à rede.
Quando a NetBox chegar ao mercado francês, por US$ 400, dentro de 45 dias, qualquer um poderá comprar o aparelho, trazê-lo na bagagem e acessar a Internet do sofá de casa.
A única limitação é que a NetBox funciona apenas no sistema de TV PAL -o Brasil adotou o PAL-M. Mas isso pode ser resolvido com um daqueles velhos conversores de vídeo.
Para quem costuma passar horas pendurado na Internet, a primeira impressão ao navegar pelo NetBox é de estranheza. Não há mouse nem a moldura do programa navegador em torno das páginas.
O estande da NetBox era um dos mais concorridos da Milia. Com todos que faziam o teste, resolvi acessar o "meu" site para conferir como as páginas são montadas. Assim, a primeira tarefa foi apontar o brinquedo para o Universo Online.
Para digitar o endereço, há um botão do controle que abre um teclado na própria tela da TV, onde é possível ir apontando letra a letra -o que é muito pouco prático. Assim, pedi um teclado sem fio, fiquei de frente para a TV, digitei www.uol.com.br e... enter!
A velocidade de acesso do conteúdo total de uma página parece ser a mesma do "Netscape" ou do "Explorer 3.0". Só que a página não é formada antes da chegada de todas as imagens, o que dá a sensação de um acesso mais lento. O modem da NetBox é de 33,6 Kbps.
A home page do Universo Online foi montada perfeitamente, com exceção do letreiro em "Java" -a NetBox não entende essa linguagem, mas consegue interpretar "JavaScript".
Nas páginas com texto foi preciso chegar perto do monitor, já que as letras não são ampliadas. A TV do estande era grande e de boa qualidade. Em aparelhos pequenos talvez a coisa não funcione. Para e-mail o programa usa fontes de tela com letras bem maiores.
Nesse negócio as previsões são arriscadas, mas a impressão que fica é a de que essa solução pode, finalmente, levar a Internet para as massas.
(RA)

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