São Paulo, quarta-feira, 19 de fevereiro de 1997
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Basta; Equívoco; Desconto de táxi; Aniversário da Folha; Escândalo; IPVA

Basta
"O governo brasileiro não pode aceitar a imposição de datas para alterar uma lei aprovada pelo Congresso Nacional simplesmente visando satisfazer a indústria farmacêutica da Argentina.
As notícias originadas naquele país refletem a agressividade com que costumam tratar as autoridades brasileiras nas negociações, tentando impor facilidades comerciais e industriais que não possuem e nem pedem às indústrias instaladas no território brasileiro.
Os estabelecimentos brasileiros submetem-se à lei 6.360, de 1976, a cujo rigor, em defesa dos interesses públicos, os parceiros do Mercosul não querem obedecer. Querem competir com facilidades extras, como a automatização dos registros de medicamentos.
Não é verdade que um registro demore cinco anos para ser aprovado. Qualquer indústria pode ser atendida se se submeter às exigências legais. Também não é verdade que o mercado argentino esteja 'aberto'. Hoje vale a legislação interna dos países.
Está na hora de o Ministério das Relações Exteriores dar um basta na provocação das indústrias argentinas."
Sara Kanter, diretora técnica da Alanac (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais) (São Paulo, SP)

Equívoco
"Na edição de 8/2, a Folha publicou, à pág. 1-4, uma relação de parlamentares que embarcaram para a Europa. Na verdade, fui convidado a participar da missão. Entretanto, em função de outros compromissos assumidos anteriormente, não pude atender ao convite, permanecendo em Belo Horizonte.
Assim sendo, não obstante a Folha ter colocado meu nome na lista de deputados que foram à Europa, não faço parte do grupo."
Herculano Anghinetti, deputado federal pelo PPB-MG (Belo Horizonte, MG)

Nota da Redação - Leia seção "Erramos" abaixo.

Desconto de táxi
"Tendo em vista reportagem sobre desconto de táxi publicada neste periódico em 13/2, venho esclarecer que o presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Gesner Oliveira, cometeu um equívoco ao anunciar abertura de investigação para saber por que o governo do Distrito Federal 'quer acabar com os descontos oferecidos por alguns táxis de Brasília'.
Não há proposta para acabar com os descontos. Existe um estudo para moralizá-los e torná-los transparentes para os usuários, evitando as reclamações de consumidores, registradas pela secretaria, de que, na hora do pagamento, não ganharam desconto, pagando o que está marcado no taxímetro.
Para que tenhamos certeza de que o desconto será aplicado, os taxistas e as cooperativas terão que aferir seus taxímetros com o valor do desconto para ficar transparente. Informamos que a proposta ainda encontra-se em fase de estudo no gabinete do governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque." Fábio Resende, secretário interino de Transportes do Governo do Distrito Federal (Brasília, DF)

Aniversário da Folha
"Aqui, em Santa Catarina, em notas que tenho lido na imprensa, nas colunas etc., todos estão pensando que a Folha tem 75 anos de existência e completa 76 anos hoje.
O que os leitores não sabem é que a 'Folha de S. Paulo' foi fundada em 1º de janeiro de 1960, em substituição aos jornais 'Folha da Manhã' (fundado em julho de 1925), 'Folha da Tarde' (agosto de 1926) e 'Folha da Noite' (fevereiro de 1921). Há uma confusão entre a 'Folha de S. Paulo' e a Empresa Folha da Manhã S.A. (19 de fevereiro de 1921).
1ª conclusão - Na campanha publicitária deflagrada na 'Folha de S. Paulo', infere-se, equivocadamente, o seguinte: que o jornal 'Folha de S. Paulo' tem 75 anos de existência, quando, na verdade, tem apenas 37 anos, completados em 1º de janeiro de 1997.
'Data venia', quem está fazendo essa confusão é o próprio jornal, que não explica, com clareza, toda a sua história: 'Folha da Noite' (1921), 'Folha da Manhã' (1925) e 'Folha da Tarde' (1926) geraram, em 1º de janeiro de 1960, a atual 'Folha de S. Paulo'.
2ª conclusão - A Empresa Folha da Manhã S.A. -que comanda todo o grupo- é que tem 75 anos e completará 76 anos no próximo dia 19/2/97. E não a 'Folha de S. Paulo', que tem 37 anos, feitos no último dia 1º de janeiro.
'Rogata venia', sem querer obsedar o trabalho de vocês, sugiro que os dados históricos acima descritos sejam esclarecidos ao público leitor, para evitar algaravias e confusão relativas à verdadeira idade e/ou história da grande 'Folha de S. Paulo'."
Luiz Tito Carvalho (Florianópolis, SC)

Nota da Redação - Os dados estão corretos, mas como a Folha é o resultado de três jornais unificados em 1960, tem sido a praxe, desde aquela época, considerar como sua origem histórica a fundação do mais antigo deles, a Folha da Noite, em 19 de fevereiro de 1921.

Escândalo
"Artigo do jornalista Sebastião Nery (12/2) busca intencionalmente criar confusão na análise das propostas de reforma da legislação trabalhista, com o objetivo de defender a representação classista na Justiça do Trabalho.
Ele quer fazer o leitor crer que o fim da representação classista é obra do sistema financeiro internacional. É a permanente tentativa de ideologizar uma discussão que nada tem de ideológica.
A representação classista é um escândalo. Sindicatos fantasmas indicam famílias inteiras para o cargo de juiz classista. São pessoas que não se submetem a concurso, de quem não se exige nenhuma capacitação técnica e que exercem a função de juiz sem nenhuma independência e imparcialidade. Além disso, recebem vencimentos de juiz, sem que tenham qualquer impedimento em sua vida econômica privada.
A extinção da representação classista não atende nem aos interesses do sistema financeiro internacional, nem vai contra os interesses da classe trabalhadora. Atende, sim, ao interesse de todo cidadão que vive de seu esforço e suor e não quer ver prosseguir esse que é um dos mais revoltantes casos de desperdício de dinheiro público."
Pedro Carlos Sampaio Garcia, presidente da Amatra 2 (Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 2ª Região) e juiz-presidente da 35ª Junta de Conciliação e Julgamento de São Paulo (São Paulo, SP)

IPVA
"Uma coisa que sou obrigado a pagar e nunca entendi é esse tal de IPVA, imposto exorbitante, aparentemente injusto, que sobretaxa carros novos.
Há uma alta taxa de imposto na compra de carros novos, que não poluem, enguiçam e congestionam o trânsito, enquanto os velhos, desregulados e poluidores pagam quase nada."
Carlos Magno Pereira (São Paulo, SP)

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