São Paulo, quinta-feira, 20 de fevereiro de 1997
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Licença de uso dependerá de atestado de idoneidade

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com a nova lei, para poder sair de casa armada, a pessoa terá de solicitar o porte de arma, que será concedido pelas secretarias estaduais de Segurança.
A obtenção do porte só se dará mediante a comprovação da "idoneidade, comportamento social produtivo, efetiva necessidade, capacidade técnica e aptidão psicológica" do solicitante.
O porte de arma só valerá nos limites dos Estados (ou Distrito Federal) em que morar a pessoa, exceto nos casos em que haja convênio entre os Estados.
O porte federal de arma só poderá ser concedido em condições especiais, que serão definidas na regulamentação da nova lei.
A expedição do porte federal custará R$ 650 e os recursos provenientes da cobrança serão destinados ao custeio e manutenção das atividades da Polícia Federal, responsável pelo serviço.
Segundo o relator do projeto na Câmara, deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), os atuais portes de arma poderão ser cassados a qualquer momento depois da sanção da lei, mas, em princípio, permanecem válidos.
Emendas
O texto aprovado ontem na Câmara foi o mesmo que saiu da Casa para o Senado. As emendas aprovadas pelos senadores foram todas rejeitadas.
"O acordo entre os ministérios da Justiça, Exército, PF e a Câmara era pela aprovação da proposta original. O relator no Senado (Romeu Tuma, PFL-SP) fez uma lei particular, muito policial", disse Jefferson.
O Sinarm (Sistema Nacional de Armas, que listará as armas produzidas, importadas e vendidas no país) começa a ser implantado assim que a lei for sancionada. Já as penas só começarão a valer seis meses depois.
O cadastro também terá o nome de todas as pessoas que têm porte ilegal de arma no país e ocorrências de roubo ou apreensão de armas irregulares.
São Paulo
Número da polícia indicam que está aumentando a quantidade de armas clandestinas em São Paulo.
Levantamento da Divisão de Produtos Controlados da Polícia Civil mostra que o número de armas ilegais apreendidas nos últimos dois anos no Estado de São Paulo cresceu 7,5%.
Em 95, foram apreendidas 3.899 armas não-envolvidas em crimes, mas cujos donos não tinham licença para portá-las. Até novembro do ano passado (estatística mais recente), o mesmo departamento já havia apreendido 4.192.

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