São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 1997
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S. Sebastião faz 'censo' em área de risco

DA FOLHA VALE

A Prefeitura de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, implantou esta semana um "censo" em áreas de risco para tentar controlar a ocupação de áreas clandestinas na cidade.
A população estimada das 58 áreas de risco do município é de 2.000 pessoas -cerca de 500 famílias.
Com o "censo", a Prefeitura de São Sebastião pretende demarcar as áreas já ocupadas e evitar a devastação ambiental.
O recadastramento dos moradores está sendo feito pela Defesa Civil e pela Guarda Ambiental.
Além de dados socioeconômicos, os questionários abordam os motivos que levaram as pessoas a ocuparem as áreas, consideradas de proteção ambiental.
Dados como local de origem, tempo de estada na cidade e motivos que atraíram as pessoas a São Sebastião também constam dos questionários.
Primeira etapa
A primeira etapa do "censo" acontece nos bairros Topolândia, Itatinga e Morro da Olaria e deve ser concluída em 30 dias.
Segundo o chefe da Divisão da Defesa Civil de São Sebastião, Ivan Moreira Silva, a intenção é obter todos os dados antes da próxima temporada de verão -época mais crítica, devido às chuvas.
Além do censo, incluindo o número de integrantes de cada família, idade, grau de instrução, renda familiar e local de origem, a Defesa Civil quer identificar as condições de moradia das famílias.
O tipo e tamanho de cada casa, a infra-estrutura -água, luz e esgoto- e as condições de saneamento são outros itens que estão sendo pesquisados.
Conscientização
A maior parte dos locais considerados de risco fica em áreas de preservação ambiental.
Os questionários incluem também quais as formas de abastecimento de água -poço, fontes ou cachoeiras- e qual o destino do lixo produzido.
"Há formas de eliminar o lixo que contribui para a poluição ambiental. Alguns locais possuem coleta regular e em outros o lixo é enterrado ou queimado", disse o chefe da Defesa Civil.
A devastação da Mata Atlântica é outra preocupação.
A Defesa Civil pretende conscientizar os moradores para evitar a ocupação irregular de áreas de preservação.
No ano passado, cinco famílias foram retiradas, com o auxílio da Polícia Militar, da Vila Tropicanga. Elas tiveram as casas lacradas a mando da Curadoria do Meio Ambiente.

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