São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 1997
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Dupla é presa por roubo e morte de PM

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia de São paulo prendeu dois acusados de roubar um carro-forte em Minas Gerais, matar um motorista e um patrulheiro rodoviário e ferir dois policiais militares e três seguranças.
Entre eles está Carlos Roberto Maia, 40, o "Carlinhos Alfaiate", um dos homens mais procurados pela polícia no país. Condenado a 23 anos de prisão, Maia é acusado de roubos a bancos e carros-fortes no Paraná, em São Paulo, no Espírito Santos e em Minas Gerais.
No último dia 7, cinco assaltantes em dois carros -um Santana e uma Saveiro- cercaram um carro-forte da empresa Prosegur em Piranguinho (MG). Com rajadas fuzis, obrigaram o blindado parar.
Quando a porta do carro foi aberta, dispararam 22 tiros de metralhadora no motorista João de Deus da Silveira. Outros três seguranças ficaram feridos.
O blindado carregava só malotes de documentos e cheques, exceto um, com R$ 30 mil que os assaltantes não acharam. O grupo fugiu por estradas de terra. Em Consolação (MG), furaram bloqueio da PM disparando com fuzis.
Um sargento e um cabo foram feridos gravemente. Em seguida, passaram por outro bloqueio, na cidade de Cambuí (MG), onde metralharam um carro da PM.
O último bloqueio foi vencido na rodovia Fernão Dias, próximo de Camanducaia (MG). Nele, os assaltantes mataram o patrulheiro rodoviário federal Sandro Alves de Almeida, 31. Os ladrões abandonaram os carros e roubaram um Monza em um sítio da cidade.
O Monza foi deixado, no dia seguinte, em Atibaia (SP). Embora cem policiais participassem da perseguição, a quadrilha escapou.
Na segunda-feira, os policiais da 2º Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio descobriram que Maia ia vender seu carro no Parque São Lucas (zona leste) e o prenderam.
"Não quero falar nada", disse ontem o acusado. De acordo com o delegado Edson Santi, Maia confessou sua participação no roubo em Minas, mas negou ter atirado nos policiais e seguranças.
Ontem à noite, os policiais foram a Cubatão (SP), onde a quadrilha iria se reunir em um bar. Lá, foi preso Antônio Evangelista da Costa, 41, o "Tonhão".
"Eu só dirigi os carros, não atirei em ninguém." Costa está condenado a 28 anos de prisão. Um membro do grupo escapou e outros dois não foram ao encontro. Maia e Costa estiveram presos em Curitiba (PR) em 96. Eles foram resgatados de uma delegacia e estavam foragido havia oito meses. Em São Paulo, Maia havia sido preso pela última vez em 1992. Ficou preso três meses e fugiu.

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