São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 1997
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Estado terá de pagar R$ 56 mil a garoto

Mãe de jovem morreu na porta de hospital

DA SUCURSAL DO RIO

O governo do Estado do Rio foi condenado pela Justiça a pagar 500 salários mínimos (R$ 56 mil) a Tiago Ferreira de Oliveira, 14, cuja mãe, Neuza Ferreira de Oliveira, 39, morreu em 14 de janeiro de 96, na porta do hospital estadual Albert Schweitzer.
O juiz Jessé Torres, da 2ª Vara da Fazenda Pública do Rio, considerou o Estado culpado da acusação de omissão de socorro.
A assessoria de imprensa do governador Marcello Alencar (PSDB) anunciou que o Estado recorrerá ao Tribunal de Justiça do Rio contra a sentença.
Segundo o processo, Neuza se sentiu mal na rua e foi levada para o hospital. A emergência do Albert Schweitzer estava fechada e ela não recebeu atendimento.
Além do pagamento de 500 salários por danos morais, o juiz determinou que o Estado pague um salário mínimo mensal a Tiago até ele fazer 21 anos.
Cinco médicos que à época trabalhavam no hospital foram denunciados pelo Ministério Público, que os acusa de homicídio. Nos depoimentos, os cinco disseram que já não compareciam aos plantões havia seis meses.
Eles sustentaram que, antes de abandonarem os plantões, pediram demissão. A burocracia teria atrasado a formalização da dispensa deles pelo Estado.
Ônibus
A empresa de ônibus Transportes Campo Grande foi condenada ontem pela 8ª Câmara Cível do Tribunal de Alçada do Rio a pagar R$ 178 mil de indenização à família da passageira Tânia de Castro, morta em assalto a um ônibus em fevereiro de 1994.
No incidente, Tânia, que tinha 33 anos, foi empurrada do ônibus por um dos ladrões e bateu com a cabeça no chão, morrendo na hora. A Folha não conseguiu falar ontem com a direção da empresa sobre a decisão.

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