São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 1997 |
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CBF pressiona e Farah suspende tempo técnico
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
Além de elas estarem brigando por datas para jogos do Paulista e da Copa do Brasil, a FPF teve de cancelar o tempo técnico, devido à pressão da Comissão Nacional de Arbitragem de Futebol. A parada, que servia para os técnicos darem instruções aos seus jogadores, durava três minutos. O treinador do time que desse a saída em cada tempo tinha direito de pedi-la entre o 1º e o 30º minuto. O presidente Eduardo José Farah, da FPF, espera receber um ofício da CBF confirmando a determinação da Fifa. Caso contrário, ameaça retomar o tempo técnico. A retaliação Anteontem, Farah acusou Ivens Mendes, presidente da Conaf, de ter pressionado árbitros do quadro da Fifa que atuam no Paulista a boicotar a parada técnica. Farah conversou com alguns juízes, como Cláudio Cerdeira, de Guarani x Santos, e Jorge Travassos, de São Paulo x Rio Branco, exigindo que os dois não seguissem as orientações de Mendes. Revoltado com a postura do presidente da Conaf, que classificou de "aética e inconveniente", Farah decidiu considerá-lo "persona non grata" no futebol de São Paulo e inimigo do futebol paulista. A FPF proibiu a presença de Mendes nas dependências administrativas, incluindo vestiários, dos estádios de São Paulo. A justificativa O presidente da Conaf reagiu às determinações de Farah, definindo-as como "muito radicais". "Ele não entendeu que não sou eu nem a Conaf nem a CBF que estamos contra o tempo técnico. Quem está contra é a Fifa. Só o pressionamos para cumprir as determinações na Fifa", explicou. Mendes lamentou ainda ter sido considerado inimigo do futebol paulista. "É estranha toda essa reação do Farah. Eu não faria a mesma coisa, não o proibiria de entrar em estádios de futebol. Afinal, que eu saiba, existe o direito de ir e vir." (JCA) Texto Anterior: Oscar deixa o Cruzeiro após derrota para gremistas Próximo Texto: Desequilíbrio do Paulista-97 inquieta FPF Índice |
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