São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 1997
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Peru rejeita Mães da Praça de Maio

Líder do MRTA vai a reunião

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente do Peru, Alberto Fujimori, rechaçou ontem a participação das Mães da Praça de Maio nas negociações com o MRTA.
O Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA), que mantém 72 reféns na casa do embaixador japonês em Lima, havia convidado a entidade para servir como mediadora nas negociações.
Fujimori disse que não vai permitir a intervenção.
Mas Hebe de Bonafini, a presidente do organismo conhecido por sua luta contra a repressão militar na Argentina, afirmou ontem que vai ao Peru. Ela deve chegar ao país andino hoje.
Quando questionada sobre o que faria com a recusa de Fujimori, ela afirmou: "Estamos acostumadas a lidar com o 'não'".
Ontem, sem a presença de Hebe de Bonafini, começou a quarta rodada de negociações.
A nova reunião, de três horas e meia, aconteceu em frente à residência ocupada. Pela primeira vez o líder do MRTA, Néstor Cerpa Cartolini, participou das negociações com o ministro da Educação do Peru, Domingo Palermo. O encontro foi qualificado de "construtivo" por um mediador.
Desastre
Na região andina, onde no último dia 17 uma avalanche de terra provocada pela chuva atingiu três aldeias e deixou mais de 250 pessoas soterradas, foram enterradas ontem 41 vítimas do desastre.
Fujimori, depois de observar os trabalhos de resgate e ajudar no transporte de um cadáver, comentou: "Duas aldeias sumiram completamente. Apenas cinco pessoas parecem ter escapado".

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