São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 1997
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Parlamento de Portugal rejeita aborto legalizado

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Em uma votação apertada, o Parlamento português rejeitou proposta de tornar legal o aborto no país para fetos de até três meses em todos os casos. Após seis horas de debate, o resultado indicou um empate em 111 votos.
Mas, em seguida, foi contado um novo voto, que estava extraviado e deu a vitória aos antiabortistas.
Uma outra resolução, que amplia o direito de aborto de fetos malformados até seis meses de gravidez, foi aprovado.
A votação causou uma concentração de antiabortistas em frente ao Parlamento. Manifestantes pró-aborto também compareceram e assistiram à sessão.
A restrição ao aborto tinha o apoio do primeiro-ministro António Guterres, católico praticante. Os antiabortistas fizeram campanha na TV para pressionar os parlamentares, nas últimas semanas.
Um desses anúncios causou polêmica por causa de uma descoberta de fraude. A peça mostrava um feto, supostamente de 12 semanas, e pedia para não matá-lo. Foi descoberto depois que o feto tinha mais de 12 semanas, e, por isso, tinha mais características de um bebê já formado.
Em 1995, houve 275 abortos legais, um número considerado inexpressivo -especialistas acham que há muito mais abortos ilegais. A lei permite ainda abortos que ponham a mãe em risco.

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